Após assinar a ordem de serviço da obra de recuperação definitiva da pista do Aeroporto Plácido de Castro com o custo de 97 milhões, que inclui também a reforma e ampliação do terminal de passageiros, o ministro da Aviação, Moreira Franco, anunciou que durante o período de obras, pelo menos mil metros da pista vão permanecer abertos 24 horas para atender aos voos locais dos municípios.
O ministro destacou ainda que os pousos e decolagens serão mantidos de acordo com normas técnicas e horários acordados com as demais companhias aéreas, que operam em voos noturnos. A previsão é que seja finalizada em 2016, mas até o final do ano a etapa inicial das obras deve ser concluída.
“Sabemos que a princípio causará pequenos transtornos, mas em longo prazo teremos um aeroporto que irá permitir e impulsionar o fortalecimento da economia na região, inclusive no transporte de mercadorias e o comercio internacional por estar situado em uma região de fronteira”, afirmou o ministro.
Moreira Franco também agradeceu o esforço do Exército que mesmo diante de toda precariedade trabalhou para manter as pistas em pleno funcionamento.
Situação no interior
O ministro informou que os aeródromos no interior do Estado também devem passar por reformas e o processo de licitação está previsto de iniciar após o segundo turno das eleições deste ano.
“Temos um programa para enfrentar a precariedade dos aeródromos no interior. Os aeroportos já foram visitados pelos projetistas, nós estamos prontos para, imediatamente após às eleições, iniciarmos a licitação desses aeroportos. Eles são aeroportos estratégicos, então, se os estados e municípios não estiveram aptos para operar, eles obrigatoriamente serão operados pelo Governo Federal, por intermédio da Infaero”, disse.
Franco acredita ainda que é necessário modificar, através de uma medida provisória, os critérios de avaliações dos aeroportos na Amazônia, de forma que seja condizente com a realidade dessas regiões.
“Certos níveis de excelência são desnecessários e têm obrigado Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a fechar aeroportos por razões que não são justificáveis, e por isso eles continuam operando de maneira irregular”, afirma.
Comandante do 7°BEC avalia como positiva a experiência na pista do Aeroporto
O comandante do 7° Batalhão de Engenharia e Construção (BEC), Mauro Benedito de Santana Filho, destacou que ao longo dos cinco anos em que os militares atuaram na manutenção da pista, cerca de 140 profissionais passaram pelo serviço dioturno.
“Os militares que trabalhavam na pista eram especialistas em obras aeroportuárias. Cada equipe era composta por 23 pessoas. Nossa função era manter a operacionalidade do aeroporto, isso foi fundamental durante períodos críticos como a cheia do Rio Madeira que trouxemos inclusive todo fluxo logístico por via aérea. Foi um trabalho árduo”, lembrou o comandante.
O novo desafio para o 7° BEC é a recuperação da BR-364, após o fechamento do convênio com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)