No primeiro mês de vacinação contra o HPV (Papiloma Vírus Humano), 2 mil meninas do Acre já tomaram a segunda dose da vacina, o que garante a proteção contra o vírus até que recebam a dose de reforço, em cinco anos. O número representa 7,86% do público-alvo do Estado, formado por 25,6 mil meninas de 11 a 13 anos. No Brasil, 914 mil meninas já tomaram a segunda dose, atingindo 18,4% do público-alvo, formado por 4,9 milhões de meninas. A vacinação da segunda dose começou no dia 1º de setembro e se manterá no calendário nacional de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS).
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, reforça a importância da segunda dose para a proteção contra o HPV e, consequentemente, contra o câncer do colo do útero – terceiro tumor mais frequente na população feminina e terceira causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. “A primeira dose sozinha não protege contra o vírus. Por isso, a segunda dose é essencial. Com isso, é fundamental que as famílias busquem saber se haverá vacinação nas escolas das adolescentes. Se não tiver, levem suas filhas a um posto de vacinação mais próximo de casa. A vacina é segura e é uma estratégia importante na prevenção do câncer do colo do útero. Ela só terá eficácia se as meninas tomarem todas as doses recomendadas”, alerta o ministro.
A vacina contra HPV faz parte do calendário nacional e está disponível nas mais de 36 mil salas de vacinação espalhadas pelo país. Cada adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção: a segunda, seis meses depois da primeira e a terceira, de reforço, cinco anos após a primeira dose. Neste ano, são vacinadas as adolescentes do primeiro grupo, de 11 a 13 anos. Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para as adolescentes de nove a 11 anos e, em 2016, as meninas de nove anos.
Desde 10 de março, quando a imunização passou a ser ofertada gratuitamente no SUS, 4,5 milhões de meninas receberam a primeira dose, o que representa 92,6% do público-alvo. No Acre, foram vacinadas 22.947 meninas, cobertura vacinal de 89,33%.
O SUS oferece a vacina quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos do vírus (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia. Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo mundo e os subtipos 6 e 11 por 90% das verrugas anogenitais.
Segurança – Atualmente, a vacina é utilizada como estratégia de saúde pública em mais de 50 países, por meio de programas nacionais de imunização. Estimativas indicam que, até 2013, foram aplicadas cerca de 175 milhões de doses em todo o mundo. A sua segurança é reforçada pelo Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS).
De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, a conclusão dos casos de efeitos adversos registrados no Brasil só reforça a segurança da vacina. Barbosa destaca ainda que essas meninas podem ser a primeira geração praticamente livre do risco de morrer do câncer do colo do útero.