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Marcio Bittar anuncia que não disputará a reeleição para evitar “chantagens”

 O candidato ao governador Marcio Bittar (PSDB), da Coligação Aliança por Um Acre Melhor, anunciou nesta segunda-feira, 13, que não disputará a reeleição, após quatro anos do mandato que se iniciará em janeiro de 2015. Ele justifica sua decisão – analisada como simpática nas redes sociais logo após a entrevista que concedeu a uma TV local, alegando não estar disposto a se submeter a chantagens que se iniciam logo no início dos mandatos.

Marcio Bittar é favorável a extinção do instituto da reeleição assim como é o candidato a presidente do Brasil, Aécio Neves, de seu partido, o PSDB. “Quero ficar até o último dia do mandato, em dezembro de 2018”, disse. Bittar assegurou que o máximo que fará é apoiar um nome que dê continuidade a seu trabalho, mas sem comprometer a estrutura do Estado. Mais a frente ele disse que os governantes nem se preocupam mais com as futuras gerações, “mas sempre com a próxima eleição”.

À noite, Marcio Bittar expôs de público sua ideia de ser contra a reeleição, pela primeira vez, por meio da TV Acre, afiliada da Rede Globo, onde concedeu entrevista ao Jornal do Acre. “Sou contra a reeleição, ela não deu certo no Brasil. Acho que as instituições não estão fortalecidas o suficiente para impedir que o Executivo se sobreponha aos outros poderes. Não quero governar o Acre pensando em reeleição. É muito melhor ficar no governo por 4 anos e arrumar a casa. Quem tem muito apego à cadeira, começa a fazer tudo para ficar nela”, afirmou.

A notícia de que não disputará a reeleição deverá assumir dimensões dignas duma campanha de segundo turno em que as duas candidaturas estão empatadas, segundo o Instituto Delta de Pesquisa. “Será a demonstração do interesse absoluto em mudar essa situação em que o Acre se encontra, ao invés de ser a amostra de muita disposição a qualquer coisa pelo poder, como faz o atual governo”, comentou a notícia o deputado federal eleito, Major Rocha (PSDB)

Na entrevista da TV Acre Marcio Bittar respondeu ainda sobre outros temas igualmente polêmicos. A violência, por exemplo, que alcançou dados sofríveis mereceu resposta rápida, mas embasada no seu plano de governo. “Passar a mão na cabeça de estuprador, assassino, não resolve nada. Vamos lutar para que as leis sejam mais rígidas. Eu e 90% da população queremos baixar a maioridade penal, precisamos também criar leis que protejam a vida do policial”, disse.

Bittar também fez um alerta aos eleitores para outro “jogo sujo” do PT: as ameaças de que se as pessoas não votarem no seu candidato a governo, programas sociais  e outras conquistas seriam extintos. “Os programas sociais não vão acabar. Eles iniciaram no governo de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB. Vamos fortalecer os programas e melhorar a vida das pessoas”, comentou.

Sobre outro assunto polêmico, a relação de servidores irregulares, Bittar mandou uma mensagem ainda mais tranquilizadora: “Em relação aos 11 mil, que na verdade são 3 mil, eu vou buscar, junto com eles, a fórmula para que eles possam ser legalizados. Estou dizendo a esses servidores que nós vamos sentar à mesa e ver a forma legal de resolver essa situação”, garantiu.

 

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