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Marina Silva declara apoio a Aécio Neves no segundo turno

A ex-candidata a Presidência da República pela coligação Unidos Pelo Brasil, Marina Silva (PSB), anunciou no último domingo que apoiará o presidenciável Aécio Neves (PSDB) no segundo turno.

A decisão foi divulgada um dia depois de o presidenciável do PSDB assumir, por meio de uma carta aberta, uma série de compromissos para a área social, entre os quais parte das condições impostas pela ex-senadora para apoiá-lo na reta final da corrida pelo Palácio do Planalto.

“Tendo em vista os compromissos assumidos por Aécio Neves, declaro meu voto e o meu apoio a sua candidatura. Votarei em Aécio e o apoiarei. Votando nesses compromissos, dando um crédito de confiança à sinceridade de propósitos do candidato e de seu partido e, principalmente, entregando à sociedade brasileira a tarefa de exigir que sejam cumpridos”.

Marina ressaltou que a decisão de apoiar o tucano não está atrelada a nenhum acordo ou aliança para governar. “O que me move é a minha consciência, e assumo a responsabilidade pelas minhas escolhas”, disse. Marina falou ainda sobre a importância da alternância de poder. Segundo ela, “isso é fundamental e fará bem ao país”.

Entre as promessas assumidas pelo tucano no sábado, em resposta às condições apresentadas pela ex-senadora, está, caso seja eleito, adotar uma política ambiental sustentável, priorizar o ensino integral no país e a criar um fundo para tentar solucionar os conflitos entre índios e produtores rurais, além do compromisso de que irá trabalhar para que o Congresso Nacional aprove o fim da reeleição para cargos executivos.

Marina comparou os compromissos assumidos por Aécio Neves para a área social à Carta ao Povo Brasileiro assinada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha presidencial de 2002. À época, diante dos temores do mercado de que ele pudesse promover mudanças drásticas na política econômica se assumisse o Palácio do Planalto, o petista se comprometeu, por escrito, a manter a espinha dorsal do Plano Real, dando continuidade à ortodoxia na condução da economia brasileira.

A ex-presidenciável também afirmou que a reforma política está inserida no documento assinado por Aécio.

 

A Gazeta do Acre: