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“O Acre é o único estado brasileiro sem internação em corredores de hospitais”, comemora Suely Melo

“Não temos internação nos corredores dos nossos hospitais. O que temos é o momento de transição entre o atendimento do paciente e a transferência para o hospital especializado. Dependendo do número de atendimentos do dia, os pacientes aguardam a transferência no corredor, porque ninguém fica sem atendimento”, disse a secretária de Estado de Saúde, Suely Melo, ao visitar as obras do Hospital de Traumato Ortopedia do Acre (Into/Acre), na manhã desta sexta-feira, 3.

A secretária se referia às últimas supostas denúncias de que pacientes estariam sendo internados nos corredores do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb). Suely destacou, ainda, que, somente em um sábado do mês de setembro, foram registrados 21 acidentes de trânsito, envolvendo motocicletas com vítimas que precisaram de algum procedimento traumato-ortopédico.

“A população precisa pensar no que está havendo, porque a quantidade de acidentes de moto com vítimas fraturadas está muito grande. Não há estrutura de saúde que dê conta dessa demanda”, ressaltou.

Para garantir o atendimento a esses pacientes, o governo do Estado age em várias frentes de trabalho, como o mutirão de cirurgias, por exemplo, realizado até mesmo durante os finais de semana, além das mais de 300 cirurgias de rotina realizadas por mês.

A construção do Into/Acre é outra ação de governo que envolve um volume de recursos na ordem de R$ 31 milhões. O Into/Acre é um hospital especializado para atender somente pacientes de traumas ortopédicos, como é o caso das vítimas de acidentes de trânsito. O novo hospital suprirá a demanda desse tipo de atendimento que soma quase 500 pacientes na rede pública de saúde estadual por mês, atendidos somente em Rio Branco.

A obra do Into/Acre foi projetada para ser ambientalmente sustentável. Ela tem galerias subterrâneas de ventilação e isolamento térmico na cobertura para evitar a utilização de aparelhos de ar condicionado. Pelas galerias de ventilação é também por onde passam tubulações de gases e redes elétrica e lógica, por exemplo. Essa tecnologia facilitará a manutenção do hospital, sem que a maioria dos serviços seja paralisada. Além disso, existe um sistema de reaproveitamento da água da chuva.

O novo hospital vai oferecer 13 especialidades ortopédicas, 19 consultórios ambulatoriais e boxes de atendimento, quatro salas cirúrgicas, duas salas de procedimentos invasivos e 68 leitos de internação, sendo 11 de terapia intensiva, oito de hospital-dia (internação parcial) e 49 leitos de enfermaria adulto e infantil.

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