Os servidores do Banco da Amazônia (Basa) decidiram em assembleia no nesta segunda-feira, 20, aceitar, por unanimidade, a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), após audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
A Fenaban apresentou proposta de reajuste de 8,5% sobre os salários, entretanto, inicialmente, o Banco da Amazônia fez a contraproposta de 6,51%, não aceita pelos funcionários. O Basa, então, recuou após audiência no TST e também acertou aumento de 9% sobre o piso salarial. A compensação dos dias parados será de 75% em 120 dias.
Após os sindicalistas resistirem ao desconto referente a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), o Banco da Amazônia garantiu que não será mais descontada. Na reunião do dia 7 deste mês, o Basa propôs pagar R$ 800 de PLR e caso no fim do ano não tivesse obtido lucro suficiente, este valor seria descontado dos bancários.
Os bancários estão com as atividades paralisadas desde o dia 30 de setembro. No último dia 8, os bancos públicos e privados aceitaram a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de 8,5% nas verbas salariais e 9% no piso salarial e deram fim à greve.
De acordo com o Sindicato dos Bancários do Acre (Seeb-Ac), os servidores continuam com a proposta de reajuste salarial de 12,5%. Segundo o presidente do See-AC, Edmar Batistela, o Banco da Amazônia recorreu à Justiça do Trabalho para que representantes da Fenaban entrem em acordo com a categoria.
Batistela explica que os servidores do Basa não estavam satisfeitos com a proposta da Fenaban, que segundo ele, além de não cumprir com as exigências da categoria, ainda retiraria direitos adquiridos em negociações passadas.
“Não avançamos nas negociações, não houve avanço com relação ao pagamento da PLR (participação dos lucros e resultados) e o banco apresentou a proposta de retirar alguns direitos adquiridos em algumas conversões passadas”, disse.