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Sistema biométrico é apontado como o pivô da lentidão na votação

 Muita confusão, transtorno e revolta marcaram este domingo, 5, na zona 001, no Sest/Senat, localizado no bairro Vila Acre. A lentidão no processo do voto levou as centenas de pessoas que aguardavam a vez na fila reclamarem do sistema biométrico.

Para alguns, a espera chegou a ser de 4h. O estudante Dyemison Pinheiro, 20, criticou a dificuldade para poder votar. Segundo ele, a culpa é do novo sistema de biometria. “Eu cheguei aqui às 8h45. Agora são exatamente meio dia. É a primeira vez que pego uma espera tão demorada. Acredito que devemos modernizar quando tivermos capacidade”, apontou.

Em seguida, uma confusão tomou conta do saguão do Sest/Senat, quando uma mulher não identificada, aparentemente, furou a fila e entrou na seção 476. Revoltados, os eleitores começaram a gritar em coro “Falta de respeito”. O fiscal que controlava a entrada de pessoas na porta da sala foi vaiado.

Para manter o controle, dois policiais militares que faziam a segurança no local precisaram intervir. Manifestações como “é por isso que o nosso país está onde está” foram expressas nos corredores.

Uma eleitora, que pediu para não ser identificada, disse que não é a primeira vez que aquele fiscal deixa uma pessoa furar a fila. De acordo com ela, em eleições passadas ele tomava a mesma atitude. “Outro problema é o uso indevido de crianças. Já vi três pessoas pegando a fila de prioridade com o mesmo bebê no colo. É um absurdo”, declarou.

Nem os idosos escaparam da longa espera. A aposentada Marciana Barros de Lima, 76 anos, se deparou com uma faixa preferencial extensa na sede do Incra. “É a primeira vez que pego fila”.

O estudante Willian dos Santos, 20, sugeriu que nas próximas eleições a Justiça Eleitoral aumente o número de seções no Sest/Senat. “Também seria importante as mães que votam com os bebês de colo trazer a certidão de nascimento da criança para comprovar que é o seu filho e evitar o que está acontecendo”.

Um mesário que não quis ser identificado alegou que a agilidade no processo do voto foi comprometida pelo novo sistema biométrico, que registrou falhas várias vezes. “É como bater um ponto. O eleitor precisa encostar o dedo na máquina para que o sistema reconheça a digital. No entanto, nem sempre dá certo de primeira, e a pessoa precisa ficar tentando e tentando”, explicou.

De acordo com a auxiliar de juiz do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Odineia Farias, apesar de algumas manifestações de revolta, o dia foi tranquilo e todos votaram conforme o previsto.

Biometria - Confusão e demora na fila - FOTO Brenna Amâncio 4 Biometria - Confusão e demora na fila - FOTO Brenna Amâncio 3 Biometria - Confusão e demora na fila - FOTO Brenna Amâncio 2 Biomatria lenta - Confusão na fila do Sest-Senat - FOTO Brenna Amâncio

 

 

 

 

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