A candidata a presidente pelo PSB, Marina Silva, foi recebida com festa pela sua militância, hoje pela manhã, na sede do Instituto de Colonização e Reforma Agrária, o Incra, em Rio Branco. Por volta de 8h30, uma multidão cercou a van em que estava a presidenciável, enquanto entoava palavras de ordem como “Marina, guerreira, acreana e brasileira” ou “Brasil, pra frente, Marina presidente”.
Trajando uma camisa de popelineamarela, as cores padrão de sua campanha, ela votou acompanhada do pai, Pedro Augusto da Silva, 87 anos e do esposo, Fábio Vaz de Lima. Depois se dirigiu à mesa e chegou a trocar de dedos, no sistema biométrico, para confirmar a liberação da urna.
Marina levou pouco mais de um minuto na cabine de votação e logo após se reuniu novamente com o marido e o pai para as fotos. Sorridente, acenou para as câmeras com um V de vitória, seguido de um gesto com quatro dedos estendidos, em alusão ao número 40 de seu partido.
“Estou confiante que estamos no 2º turno, se Deus quiser — e o povo brasileiro também”, afirmou ao começar a coletiva, logo após a votação, na sede da Associação dos Servidores do Incra.
Por três vezes, a candidata evitou falar de uma aliança com Aécio Neves (PSDB), candidato tecnicamente empatado nas eleições de ontem, caso seja derrotada no primeiro turno.
“Estou aqui com a consciência de que fiz o bom combate”, sugerindo claramente que mereceria estar na etapa final dessa campanha. Mais adiante, disparou: “Vamos ganhar, ganhando. A Dilma está entregando o país pior do que pegou e chega uma hora que as pessoas querem mudanças”.
Segundo Marina Silva, “com uma campanha espontânea”, avitória é certa para o segundo turno. “Mas segundo turno se discute no segundo turno”. Ainda sobre alianças futuras, ressaltou que desde o início, sempre disse que “qualquer orientação do nosso partido é pelo programa, jamais será pragmático”.
“Eles não apresentaram um programa, nós sim, e estamos confiantes de que valeu à pena. Tínhamos dois minutos [de programa na TV], enquanto os outros dois [Dilma e Aécio] nos atacavam”, frisou Marina.
“Vamos preservar conquistas, mas não sendo complacentes com os erros”, afirmou, referindo-se por exemplo, à ampliação do programa Bolsa Família para mais 4 milhões de brasileiros.
Ao ser questionada sobre o que achava das últimas pesquisas de opinião que apontavam leve vantagem para o tucano Aécio Neves, na disputa com Dilma do PT, no segundo turno, ela soltou: “A melhor defesa, a melhor resposta é a da votação, que está sendo feita agora e que nos vai dar a pesquisa definitiva, a de que estamos no primeiro turno”.
Completou, dizendo: “Estamos fazendo o debate, não o embate. O que não resta dúvida é o desejo de 70% da população brasileira, de mudança e mudança compatível com o nosso programa [de governo]”.
Após a coletiva, Marina Silva embarcou para São Paulo, em jatinho, onde acompanhará as eleições desde seu aparamento na Vila Conceição, área nobre paulista. Após o término da votação, ela deverá conceder nova coletiva na capital paulista.