Os trabalhadores dos Correios decidiram na noite de sexta-feira, 7, pela paralisação das atividades na quinta-feira, 13, mas a mobilização só será deflagrada caso a estatal decida manter a decisão de atrasar a implementação das atividades acordadas e a demora no encerramento das negociações da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Uma reunião entre sindicalistas e direção da empresa está prevista para quarta-feira.
Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintect), Suzy Cristiny, além do atraso pagamento da PLR 2013/2014, ainda falta a ampliação de mais 30% do serviço de entrega motorizado, climatização das unidades, a falta de Equipamento de Proteção Individual (EPI´s) e vale alimentação para acidentados conforme ACT 2014/2015. Os carteiros ainda continuam sofrendo com falta da implementação da entrega pela manhã.
“Como prestar um bom serviço para a população acreana sem a estrutura mínima necessária para trabalhar? Estamos reivindicando o básico também, como fardamento, bicicletas e cadeiras”, protestou a sindicalista.
Mesmo após, duas paralisações para que o horário de entrega fosse modificado, a empresa insiste em não mudar, protelando a implementação do acordo firmado na última paralisação.
“Hoje, o carteiro é obrigado a iniciar a entrega no período da tarde, às 13h, ou seja, no período de maior exposição ao sol e ao calor. O resultado é um tratamento desumano que contribui para uma série de doenças e isso precisa acabar!”, afirmou a sindicalista.
“O Sintect propõe a mudança do horário de entrega para o período da manhã, reduzindo a incidência de insolação, agilizando o serviço e ainda dando tempo para que os usuários possam receber as contas e ir ao banco realizar o pagamento antes das 13 horas, quando as instituições financeiras encerram o expediente”, propôs Suzy.
A proposta é continuar realizando novas paralisações até que os Correios passem a garantir os acordos e reivindicações debatidas. (Assessoria/ Foto: Odair Leal/ A GAZETA)