Ontem de manhã morreu Márcio Thomaz Bastos, 79 anos. Ele foi ministro da Justiça do Governo de Lula e um grande advogado criminalista. Uma figura presente em julgamentos polêmicos no país.
E um dos casos que Márcio Thomaz atuou foi o do assassinato de Chico Mendes. Na ocasião, ele foi importante para fazer a acusação exitosa contra Darcy e Darly Alves. Um crime que chocou o mundo e que até hoje não sai da memória de muitos acreanos.
Só que a morte de Márcio Thomaz deixa mais um alerta para a necessidade de fazer com que esta, que é uma das histórias mais famosas do Acre, saia do campo das memórias daqueles que participaram dela. E que sejam contadas e recontadas em livros, jornais, filmes, documentários, trabalhos acadêmicos, para artigos na internet, entre produtos midiáticos de maior alcance.
A geração de Chico Mendes aos poucos está passando. Os personagens que fizeram parte dela estão morrendo, aos poucos. E com eles podem-se selar informações históricas irrecuperáveis. O Acre, o Brasil e o Mundo precisam ficar atentos a isso. Afinal, um legado que deve ser eterno precisa ter todos os seus detalhes revelados. Caso contrário, ele morrerá junto com o sonho de preservação de seringueiros heróicos.