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Atleta do Acre participa de recorde em queda livre: “Paraquedismo é paixão”

Wiviann Vieira após salto que bateu recordes no paraquedismo

Um grupo formado por 34 mulheres do Brasil, Argentina e Paraguai quebrou dois recordes brasileiros e sul-americanos de formação em queda livre no paraquedismo feminino, no início desta semana no céu de Boituva, a 120 km da capital paulista. Entre as participantes, a empresária potiguar Wiviann Vieira, 42 anos, que mora em Rio Branco/AC.

A marca anterior era de 24 atletas. No sábado, 15, elas conseguiram formar com 26. Na segunda-feira, 17, mais um recorde: 34 mulheres fizeram a formação em queda livre. O projeto é de atletas brasileiras que participam de competições internacionais.

“Paraquedismo é paixão. O objetivo é divulgar a modalidade entre as mulheres e melhorar o apoio às atletas que disputam torneios fora do país. A ideia inicial era ter 50, mas isso vai ficar para o próximo ano. Foi um sonho construído ao longo do tempo. Essas mulheres treinaram o ano todo. A principal dificuldade é o sincronismo, cada uma tem que saber o seu tempo”, comentou Wiviann, que reside na Capital do Acre há 24 anos.

Os três aviões sobem mais de 4 mil metros de altitude e as 34 atletas têm menos de um minuto para completar a formação no ar. O salto e a qualidade da formação no céu são avaliados por três juízes.

Carreira no paraquedismo
Wiviann começou no paraquedismo em 2001, quando tinha 28 anos, por opção, com um curso que foi realizado em Rio Branco. Ela se apaixonou pela modalidade e passou a praticar o esporte na capital acreana.

“Descobri a necessidade de aprender. Em Rio Branco tinha o lançamento de alunos e não era o que eu queria. Fiz um curso de especialização em Boituva/SP, onde tem os melhores instrutores do país, em 2004, e comecei a participar de eventos no Sul que não existia no Acre”, contou.

O passo seguinte foi competir em torneios nacionais e internacionais. A primeira competição fora do país foi o Mundial feminino, na Califórnia, em 2009. Para participar, era preciso ter ranking e ser convidada.

“Comecei a participar dos encontros na Califórnia e no Arizona, principalmente, para me especializar e manter um ranking internacional para disputar esses eventos de recordes mundiais. Nesse tempo, formamos um time feminino de quatro mulheres comigo e atletas do Amazonas, Pará e São Paulo”.

Em 2010, a equipe de Wiviann foi campeão brasileira e sul-americana, sendo o primeiro time feminino a atingir média para disputar o Mundial. Porém, sem patrocínio, elas não competiram na Rússia. No ano seguinte, foram bicampeãs sul-americanas, mas desistiram por falta de incentivo.

Sem a prática do paraquedismo em Rio Branco, a empresária potiguar pratica o esporte apenas quando viaja, cerca de três a quatro vezes ao ano.

Categories: ESPORTE Flash
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