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Alunos e professores do colégio Meta realizam manifestação para pedir mais segurança

Professores alegam número assustador de assaltos no local
Professores alegam número assustador de assaltos no local

Inconformados com a falta de segurança, principalmente, na hora da entrada e da saída, alunos e professores do Colégio Meta, localizado no bairro Abrahão Alab, realizaram protesto fechando a Avenida Ceará, uma das principais de Rio Branco, na manhã de ontem, 4. A indignação tomou conta da comunidade escolar, após o aluno Carlos Begson, 17 anos, sofrer uma tentativa de assalto e ser atingido com um tiro na mão direita, na última segunda-feira, 3.

De acordo com o tio do rapaz, Henrique Begson, o estado de saúde é estável. “Ele foi operado no mesmo dia, mas passa bem. Não há qualquer risco de morte. Mas, para restabelecer os movimentos da mão, será necessário um trabalho intenso de fisioterapia, já que os ligamentos foram todos atingidos pela bala”, explicou.

Alguns amigos de Carlos fizeram questão de falar durante o ato. Muitos deles visivelmente emocionados cobravam do poder público uma resposta sobre o assunto.  Professores e a direção da escola já fizeram várias denúncias exigindo maior policiamento na região.

Carlos é estudante do 3°ano do ensino médio e músico. “Meu sobrinho podia estar morto. O tiro ia atingir a cabeça dele, mas na hora ele colocou a mão”, lembrou emocionado Henrique.

O proprietário do Meta, Evaristo Lucca, disse que a manifestação é uma forma de chamar  atenção das autoridades para os assaltos que têm ocorrido na região. “Estamos solidários ao aluno e também à comunidade. Não podemos aceitar que um aluno esteja trancafiado. Ele tem que ter tranquilidade para andar pelas ruas como cidadão”, diz indignado.

Segundo o major da 4ª regional, José Messias, o policiamento existe na região, mas pede que os alunos, pais e a própria escola orientem os jovens sobre a utilização de aparelhos telefônicos na rua.

“Há o policiamento ostensivo na região, mas também, orientamos os jovens que não utilizem os celulares na rua. Isso chama a atenção dos bandidos”, reforçou. De acordo com uma aluna que preferiu não se identificar, a dupla que baleou Carlos, ronda o colégio há mais de um mês. Professores contabilizam mais de 100 alunos assaltados na região desde o início do ano. (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)

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