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Prefeitura de Tarauacá deve receber ajuda após estado de calamidade

População do município foi pega de surpresa pela cheia
População do município foi pega de surpresa pela cheia

O município de Tarauacá (a 412 km de Rio Branco) segue em situação de calamidade pública desde ontem, depois que o nível das águas do Rio Tarauacá atingiu 12,04 metros, prejudicando ao menos 5,3 mil famílias, segundo a Coordenadoria da Defesa Civil do Estado do Acre.  O Rio Tarauacá apresenta 3,04 metros acima da cota de transbordamento, que é de 9 metros.

O decreto de calamidade pública é um nível de situação antes da de emergência, quando há chuvas e alagamentos fora de controle, associados a moradores desabrigados. Esta condição permitirá, por exemplo, que a Prefeitura de Tarauacá ou o próprio Governo do Estado façam compras sem licitações, em caráter emergencial, para auxiliar as vítimas.

Conforme o prefeito Rodrigo Damasceno, a receita líquida anual do município, quando já descontadas as despesas previstas com manutenção e operações diversas na administração municipal, é de cerca de R$ 1 milhão. No entanto, os gastos com aquisição de alimentos, cobertores e remoção de desabrigados já chegou ao limite máximo desses mesmos gastos.

“Já estamos gastando muito mais”, diz ele. Segundo informou a prefeitura, as águas vêm subindo consideravelmente em ao menos cinco bairros. Por isso, quem não está na casa de parentes, é levado a abrigos, que são seis no total.

Segundo informou ontem o portal de notícias G1 Acre, índios Yawanawá – 565 no total -, também foram atingidos. Eles são de seis aldeias às margens do Rio Gregório, um dos tributários do Rio Tarauacá.

De acordo com Damasceno, a água que desce sobre o Tarauacá está chegando à cidade de uma forma muito rápida, sendo que mais da metade da área urbana já foi atingida.

Ontem, o Depasa também anunciou o corte do fornecimento de água para pelo menos cinco bairros alagados. Atualmente, o bairro Copacabana é o único abastecido em condições normais. Somente este ano, já é a sexta inundação na região.

Vítimas precisam de roupas e alimentos
A CoordenadoriaMunicipal de Defesa Civil informou ontem que dezenas de famílias seguem alojadas na sede da Escola João Ribeiro, na União do Vegetal, no Abrigo da Criança e na Escola José Augusto. Além disso, estão disponíveis a sede do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e a Creche Criança Feliz.

Quatro postos de arrecadação de roupas e alimentos estão disponíveis. Ao G1, a assistente social Damaris Andrada Moreira, afirmou que comida e roupa são os itens mais necessários.

“Estamos fazendo a alimentação no prédio adjacente à prefeitura, pedimos arroz, macarrão, carne, frango, o que tiver para ajudar. Além de roupa e colchão, porque as pessoas não estão conseguindo tirar de casa”, afirma. (Foto: Sergio Vale/ Secom)

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