O vice-presidente do Senado prestou uma homenagem ao médico acreano Adib Jatene, que morreu aos 85 anos na última sexta-feira, dia 14. Em discurso na tribuna, Jorge Viana ressaltou o classificou como exemplo de médico e de homem público e um dos acreanos que mais dão orgulho ao estado.
Jorge Viana mencionou a trajetória de Jatene, de origem humilde, que se tornou cirurgião destacado e pioneiro em cirurgias de ponte de safena. Ele ainda ressaltou a preocupação de Jatene com a humanização do atendimento médico, uma necessidade que considerava cada vez menos compatível com o alto custo das especializações.
“O doutor Adib Jatene defendia uma medicina pessoal: conhecer o corpo, conhecer a história do paciente, se envolver e buscar ali entender a causa de um problema de saúde que a pessoa passa. E ele falava que o bom médico precisa se transformar num especialista em gente”, declarou.
Jorge Viana lembrou o esforço de Adib Jatene pela criação da CPMF, contribuição idealizada para financiar a saúde, segundo ele contra uma resistência inicial do presidente Fernando Henrique Cardoso.
O senador aproveitou para dizer que a derrubada da CPMF, em 2007, já no governo Lula, foi um “equívoco” motivado por “embates ideológicos”. Em seus cálculos, o tributo poderia render aos cofres públicos R$ 100 bilhões por ano. Jorge Viana disse esperar que o Congresso possa recriar a contribuição.
“Estou trabalhando uma proposta de lei que estou chamando de ‘Lei Adib Jatene’ para financiar a saúde pública no país. Estou construindo essa proposta na busca de levar adiante o ideal desse grande médico de termos no Brasil um financiamento adequado para saúde pública”, informou.