A Operação Brasil Integrado, Ação Fronteiras e Nordeste prendeu ao menos 24 indivíduos acusados de porte ilegal de armas, de munições, contrabando e tráfico de droga, entre a noite de terça-feira, 4 e a zero hora desta quarta, 5, no Acre.
As ações, que ocorreram, simultaneamente, nos estados de fronteira e na Região Nordeste, aqui no Estado abordaram ainda 4.665 pessoas, em 28 pontos estratégicos, nas divisas do Brasil com a Bolívia e o Peru, segundo informaram as lideranças das Forças Policiais no Estado, em coletiva ontem à tarde.
Segundo o secretário de Justiça e Segurança Pública, Ildo Renir Graebner, pelo menos 12 órgãos integrados participaram das operações, “com barreiras móveis e fixas, além das operações fluviais [a cargo da Marinha do Brasil em Cruzeiro do Sul]”.
Enquanto o Exército Brasileiro, a Força Nacional, Corpo de Bombeiros, as polícias Civil, Militar, Rodoviária Federal, e Polícia Federal interviram nas rodovias, e em locais considerados praticamente inóspitos, a Marinha do Brasil tratou de fiscalizar o vasto Vale do Rio Juruá, onde vários afluentes são usados por narcotraficantes que saem do Peru em direção ao Brasil.
Entre esses locais, está o vilarejo de Paraná dos Mouras, na região rural do município de Mâncio Lima (a 680 quilômetros de Rio Branco), onde, segundo o major Almir Lopes de Souza, da Polícia Militar do Estado do Acre e um dos comandantes da operação, a sua população nunca tinha registrado a movimentação de vários policiais antes.
“Tratam-se de ações invasivas, para coibir os mais diversos crimes predominantes nessa região”, frisa Graebner.
Cerca de 290 homens participaram da super força-tarefa no Acre. Ao menos 12 órgãos, entre eles a Receita Federal e os Ministérios Públicos também foram envolvidos. Por isso, ao menos 3.222 veículos foram vistoriados e 21 deles, apreendidos.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Acre, outras edições devem acontecer com mais frequência, a partir de 2015. O alto custo dessas ações ainda dificultam a realização, segundo os agentes de segurança, mas ideia é a de que uma edição ocorra a cada mês, no próximo ano. (Foto: Luciano Pontes/ Secom)