O presidente da Comissão de Segurança Pública da Aleac, deputado Jamyl Asfury (PEN), esteve reunido com representantes do Governo do Acre e da Bolívia na tentativa de resolver o impasse entre os produtores rurais acreanos e trabalhadores bolivianos.
Segundo o parlamentar, os brasileiros que moram em uma vila próxima de Capixaba afirmam que os bolivianos estariam exigindo a saída de suas respectivas famílias das terras localizadas na fronteira.
Durante o encontro, eles denunciaram as “ofensas” que estariam sofrendo dos trabalhadores bolivianos, bem como as injustiças ocorridas devido a um acordo oficializado entre os próprios produtores e que, segundo eles, não está sendo cumprido devidamente.
“Estamos tentando viabilizar uma solução para este impasse. Famílias brasileiras estão sendo obrigadas a deixar as terras em que viviam em Cobija. Um acordo entre eles foi firmado e decidiu-se que os brasileiros deixariam as terras, mas, antes poderiam retirar das terras todo o patrimônio que construíram no período que permaneceram lá. Acontece que o acordo não estava sendo cumprindo por parte dos bolivianos”, disse o deputado.
De acordo com o parlamentar, os bolivianos que vão ocupar as propriedades dos brasileiros estão impacientes e agem com violência. “Os bolivianos não estão permitindo que os brasileiros retirem suas cercas, currais e até os próprios animais como o gado e peixes dos açudes. Essas benfeitorias, os brasileiros poderiam retirar até o dia 31 de dezembro”, completa.
Na última sexta-feira, 31, a Comissão de Segurança Pública da Aleac, representantes do departamento de Pando e o cônsul da Bolívia estiveram novamente reunidos. Durante o novo encontro, definiu-se que os brasileiros deveriam deixar as terras. Decidiu-se ainda que o acordo firmado entre os produtores rurais e acreanos e trabalhadores bolivianos continuaria tendo validade, portanto, os brasileiros só deverão deixa as terras se retirarem tudo o que eles construíram naquela localidade.
Jamyl relatou ainda que no último domingo ocorreu um pequeno conflito ente os brasileiros e bolivianos, porém, após ser resolvido pelas autoridades que se encontravam no local, o produtores rurais deram continuidade a retirada de seus pertences das terras. (Foto: Divulgação)