O líder comunitário de Vila Campinas e ex-candidato a deputado estadual pelo PPL, Gildomar Oliveira Gomes, mais conhecido como ‘Charqueiro’, está cobrando justiça por ter sido vítima de agressões. Ele também pede proteção policial, já que segue sendo ameaçado, e quer que os seus agressores, militantes do PSDB, sejam punidos ou pelo menos que parem de intimidá-lo.
Tudo começou com uma denúncia feita por Charqueiro. No sábado da semana passada, dia 25, véspera de eleição, aconteceu uma passeata da oposição em Plácido de Castro. A vítima conta que passava por um posto de combustível do município quando viu uma aglomeração de carros nele e supostamente eles estariam recebendo combustível para participar do ato de campanha.
Charqueiro conta que não hesitou diante do hipotético crime eleitoral. Denunciou o fato para o promotor eleitoral da cidade. Só que a resposta não foi a que ele esperava. “Ele me disse que ia mandar a Polícia Federal. Os federais vieram e acabaram com a fila, mas ninguém foi punido de verdade. Só dispersaram o pessoal. Quando falei com o promotor, o que ele me disse é que eu precisava de provas de que o crime aconteceu mesmo. Isso é absurdo. Os policiais federais é que deveriam conseguir isso. E não o cidadão comum, que denuncia as coisas”, repudiou.
Injuriado, Charqueiro decidiu parar seu carro a uma distância segura do posto e observou enquanto novos carros se juntaram no local. Quando ele começou a fazer as fotos do flagrante, foi surpreendido por dois supostos militantes do PSDB, que o agrediram covardemente. Os agressores bateram na cabeça dele e depois se voltaram para quebrar seu carro. “Quando uma terceira pessoa interviu, eu tive tempo de pular pra dentro do carro e consegui arrancar para sair dali. Se tivesse ficado, eles teriam me batido muito mais. Quem sabe até me matado”.
Os militantes foram detidos e levados à delegacia, mas um dia depois estavam soltos. Já Charqueiro foi aconselhado a passar o domingo das eleições ‘encarcerado’ em casa.
Mas a história não acabou por aí. Na noite de domingo, 26, ao comemorar a vitória de Tião Viana ao governo, Charqueiro conta que foi convidado para jantar na casa de amigos. Mas a festa foi invadida pelos mesmos militantes que o agrediram mais cedo e terminou com a vítima sendo agredida de novo. “Fui humilhado na frente da minha esposa, dos meus filhos, dos meus amigos, agredido por um bandido, que deveria estar preso. Um deles até em condicional está. E nada é feito para que eles paguem pelo que me fizeram passar”, desabafou.
A vítima conta que, por Plácido ser um município pequeno, já corre um boato por lá de que os seus agressores estariam planejando bater nele de novo e até incendiar a sua casa. “Até quando isso vai continuar? Minha vida virou um inferno só porque tentei agir corretamente e fazer uma denúncia. Quer dizer, órgãos eleitorais como o TRE pedem para denunciarmos e quando fazemos isso eles e a Polícia Federal fazem vista grossa. Pedem para nós agirmos. Obtermos provas e depois não cuidam da nossa segurança. Não podemos deixar as eleições no Acre virarem este tipo de violência. Isso tem que acabar”, finalizou Gildomar Charqueiro. (FOTO: CEDIDA)