O deputado estadual Walter Prado (PROS) informou na manhã de terça-feira, 25, que irá protocolar junto à Mesa Diretora da Aleac uma indicação solicitando ao Governo do Estado do Acre que providencie junto à Secretaria de Polícia Civil, a criação de uma delegacia especializada para atender adolescentes vítimas.
A iniciativa do deputado surgiu após veiculação de uma matéria do jornal A GAZETA, no último domingo, em que se tratou sobre exploração sexual de adolescentes.
Na entrevista, o promotor de Justiça da 3ª Promotoria Especializada na Defesa da Infância e Juventude, Francisco José Maia Guedes, alertou pela necessidade da criação de uma delegacia especializada em crianças e adolescentes vítimas.
Segundo o deputado, a reportagem serviu para mostrar a fragilidade das ações nesta área. “Estamos lidando com um assunto sério e, infelizmente, temos que aceitar que estamos fragilizados nessa questão. O próprio promotor alertou para a necessidade de se criar essa delegacia especia-lizada. Nossas crianças e jovens é quem sofrem com a falta de melhores estruturas de atendimento”, frisou.
Segundo o Walter Prado, os estabelecimentos que já existem para a fiscalização e apuração de fatos que ocorrem com menores na Capital e interior do Estado, não tem suprido ao enorme número de casos de abusos sexuais, pedofilia, prostituição infantil, homicídios e tentativa de homicídios, além de denúncias de aliciamento ao tráfico e prostituição.
“Já existe na Capital a delegacia de proteção à criança e adolescente, mas, somente para apurar atos infracionais dos mesmos e não para de fato proteger. O Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria) é uma farsa. Levando em consideração que crime não tem hora para acontecer, o fato do núcleo só funcionar de dia pesa muito”, pontuou.
O parlamentar lembra que a maioria dos crimes contra as crianças e adolescentes acontecem durante a noite. “O Nucria tem até ajudado, mas não tem plantões 24 horas, logo, não supri de forma eficaz a necessidade”, pontuou o parlamentar.
Walter ressalta que a falta de uma delegacia especializada tem provocado impunidade e sofrimento para as vítimas e suas respectivas famílias.
“A família acreana merece nosso respeito e atenção, portanto, não devemos medir esforços para que nossa juventude esteja protegida e com os seus direitos assegurados”, finalizou.