O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) e o governo do Estado lançaram na manhã desta terça-feira, 25, no auditório da Faao, a campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”. Com palestras, debates, mutirões de conciliação e uma ação específica da Polícia Militar chamada “Projeto Patrulha Maria da Penha”, a campanha pretende conscientizar sobre a grande problemática de um país onde mais de 100 mil mulheres foram assassinas de 1980 a 2010, segundo o Instituto Sangari.
O Tribunal de Justiça pretende que, durante os 16 dias, a atenção da sociedade se volte por meio das atividades realizadas. Segundo o desembargador-presidente Roberto Barros, essa é uma campanha internacional para que não se esqueça dessa violência. “Vivemos uma cultura de violência que se alimenta mais a cada dia. E isso, contra a mulher, é acima de tudo uma covardia”, reforça.
De acordo com o Mapa da Violência de 2012, a cada cinco minutos uma mulher é agredida no Brasil. O governador em exercício Elson Santiago ressaltou que os 16 dias são simbólicos, e que lutar contra essa violência é um dever de todos os dias. “O governador Tião Viana sempre se preocupou com o enfrentamento à violência feita à mulher, tanto que tem reforçado ainda mais o sistema de segurança pública nesse âmbito. A mulher não foi feita para ser um objeto de seu companheiro, muito menos para ser violentada”, conta Santiago.
Para a secretária de Políticas Públicas para Mulheres, Concita Maia, é necessário, primeiramente, criar uma desconstrução para, assim, a sociedade ter equiparação de gêneros. “Quando nos perguntam qual é a causa da violência contra a mulher, a raiz está nesse pensamento no qual existem sentimento de posse, de machismo e de superioridade perante a mulher. É isso que precisamos combater”, conta Concita.
Patrulha Maria da Penha – A ação, que já existe pela Polícia Militar, será intensificada durante a campanha dos 16 dias. O propósito é atuar em uma perspectiva pós-delito, na medida em que a polícia irá às residências das vítimas que já têm medidas protetivas para acompanhar os casos, verificando se a decisão judicial está surtindo efeito, se o homem voltou a agredi-las e se está cumprindo as ordens judiciais.