* Cheia daqui, alagação acolá…
* E olha que ainda estamos no início de dezembro, período, até então, atípico para esse tipo de noticiário.
* Será a natureza nos dando um recado, após décadas de omissão contra ela?
* O pior é que, por essa lógica, muito mais ainda está por vir…
* Em Tarauacá, o rio voltou a subir e, na última sexta-feira, ultrapassou novamente a cota de transbordamento, que é de 9m.
* É o chamado “repiquete”.
* As autoridades do município já estão em alerta, preparando-se para a possibilidade de a cidade reviver o drama de 20 dias atrás, quando mais de 5 mil famílias ficaram desabrigadas devido à enchente.
* Uma tristeza.
* Por enquanto, a preocupação da prefeitura é com os desbarrancamentos que estão ocorrendo em algumas áreas da cidade…
* E a previsão para este final de semana é ainda de muita chuva nas cabeceiras dos rios Tarauacá e Muru.
* Em Porto Velho, mais previsões pessimistas sobre o Rio Madeira começam a circular e propagam-se rapidamente por aqui…
* E, claro, com um aquela característica superlativa que o acreano adora incorporar.
* De onde terá vindo essa nossa mania de “grandeza”, hein?
* Herança de Galvez, será?!
* Égua!
* As últimas notícias alarmistas vieram após a informação do vice-governador de Rondônia sobre o aumento do nível do rio, que está dois metros acima do registrado no mesmo período do ano passado.
* Durante visita técnica ao canteiro de obras da ponte, Airton Gurgacz teria demonstrado preocupação com uma nova cheia, no próximo ano, tendo como consequência o isolamento do Acre pela estrada.
* Uma declaração, talvez, até bem intencionada do vice-governador…
* Mas, na atual conjuntura, precipitada.
* Tratando-se de clima, de chuvas e de Amazônia, pesquisadores demonstram sempre muita cautela em dar prognósticos a médio ou longo prazo.
* Justificam que a instabilidade é tanta que a previsibilidade climática de até 90 dias não é nada confiável.
* Mas, concordam em dizer que uma nova cheia do Madeira com proporções semelhantes à ocorrida este ano é um fenômeno com poucas chances de voltar a ocorrer em 2015.
* Segundo estudos do nosso homem do tempo, Davi Friale, corroborado por outros meteorologistas e engenheiros, pela média climatológica, um novo evento climático como esse só deve voltar a ocorrer daqui a cerca de 60 anos.
* E, de acordo com cálculos estatísticos da Agência Nacional das Águas, a probabilidade é que ocorra a cada 300 anos.
* Podemos ficar tranquilos, então, né, leitor?
* Pior que não, porque, como eles mesmos disseram, estamos falando é de Amazônia…
* Ai ai ai.
* São Pedro, olhai por nós.