* Só R$ 5 mil??
* É esse o aumento previsto nos salários dos nossos deputados estaduais, no próximo ano legislativo.
* Humildes, né?
* Mas, se é que pode haver alguma justificativa para tanto, a medida não foi tomada diretamente por eles…
* Vem de efeito “cascata”, do reajuste de 26% que está sendo planejado nos salários dos deputados federais e senadores, em Brasília.
* Planejado por eles mesmo, claro.
* A Câmara de Deputados já aprovou. Agora, dependerá da votação dos senadores.
* Alguém duvida?
* Jesus! Não tem óleo de peroba que dê conta.
* Só pra ter uma ideia da conta que iremos pagar, o rendimento mensal de um deputado estadual, que, atualmente, é de R$ 20 mil, passará para R$ 25 mil.
* O de deputado federal e de senador passará para R$ 26 mil e R$ 33 mil, respectivamente.
* E o seu salário em 2015, leitor? Pra quanto vai?
* Vixe! Deixa pra lá…
* Na Câmara de Vereadores, muitas controvérsias sobre a ‘Lei do Troco’, cuja votação seria ontem e teve que ser adiada para a próxima terça-feira.
* Motoristas e cobradores de ônibus ocuparam o espaço para pressionar a mudança no texto da lei, que previa que, no caso da falta de troco, o valor deveria ser arredondado até um preço disponível em caixa.
* Entretanto, os cobradores ficaram com medo de serem penalizados pelas empresas, caso não conseguissem dar o troco devido ao usuário.
* “Não somos os responsáveis pela tarifa, nem os vilões da história”, disse um deles.
* Com razão.
* Aliás, pelo que se ouve, o problema da falta de troco e de moedas é bem mais complexo do que pressupõem os vereadores e a população.
* Na versão dos empresários, e não só daqueles do ramo do transporte público, existe uma dificuldade enorme de conseguir moedas nos bancos e manter em circulação no comércio a quantidade suficiente que garanta a facilidade do troco.
* Tudo isso porque muitas das moedinhas impressas, principalmente as de valores menores, são mal utilizadas pelas pessoas e vão se perdendo aqui e ali…
* Ficam no fundo da gaveta, nos porta-moedas, e deixam de circular.
* A Casa da Moeda teria que imprimir mais do “produto” pra atender a demanda, porém o custo de produção é alto e se torna inviável.
* Os empresários reclamam que precisam comprar moeda do Banco do Brasil, pagando além do valor, e, ainda sim, na maioria das vezes, não há quantidade suficiente.
* Aí, começa todo o drama, que acaba refletindo na falta de troco nos ônibus, nos supermercados e no comércio em geral.
* É… Se o buraco é mais embaixo, a solução não pode ser rasa também.
* A solidariedade desta GAZETA ao deputado Flaviano Melo e aos filhos dele, Leonardo e Marcelo, pela morte prematura de Toinha Melo, ex-mulher do deputado.
* Que Deus a receba em paz.