* E a semana termina com a diplomação dos candidatos eleitos em 2014.
* O que era pra ser mais um daqueles eventos previsíveis e morosos, acabou se tornando um palco de discursos polêmicos e inflamados, que devem render pano pra manga o final de semana inteiro.
* Coisas do Acre…
* Agradecimentos de cá, promessas de lá, e os holofotes foram mesmo para a fala do governador Tião Viana, que aproveitou a aparição pública para se defender da acusação de participação no esquema de corrupção da Petrobras…
* …investigado pela Polícia Federal na famigerada ‘Operação Lava Jato’.
* A citação do nome do governador acreano, entre outros 28 políticos, pelo ex-diretor da empresa Paulo Roberto Costa, foi a notícia do dia, nos principais veículos da imprensa nacional.
* Mas, Tião não se fez de rogado e rebateu as denúncias com outras denúncias tão sérias quanto:
* “Os que me atacam com violência fazem parte de estupro, sequestro ou roubo declarado…Ser atacado por esse tipo de gente não me incomoda em nada”.
* Em nota, o governador declarou ainda que não conhece, nunca recebeu e tampouco procurou o “senhor Paulo Roberto Costa”…
* E repudiou qualquer veiculação do nome dele com o do ex-diretor da Petrobras.
*Seríssimo o negócio, né?
* Mas, de fato, é um assunto que precisa ser minuciosamente apurado e elucidado pela Justiça, antes de julgamentos e condenações precipitadas e injustas.
* A conferir os desdobramentos.
* Mais controvérsias causou o discurso do novo senador Gladson Cameli, na cerimônica de diplomação.
* Além dos agradecimentos e firulas tradicionais, Gladson, em geral mais moderado e avesso ao confronto, não poupou as alfinetadas aos opositores.
* De certa forma, parece ter desabafado o que não disse durante toda a campanha política.
* Criticou “os ataques, as inverdades, as calúnias e as ofensas daqueles que usam o poder para criar trincheiras ao invés de construir pontes”.
* E falou da necessidade da “partilha” do poder, que é “transitório” e “não uma propriedade”.
* Não tá errado, não.
* Porém, o discurso, pelo menos na ocasião em que foi feito, soou como um ataque entre os eleitos pela Frente Popular.
* Para o senador Jorge Viana, que participou da solenidade, Gladson “falou em humildade, mas foi prepotente e arrogante”.
* “Não é possível que o mandato já tenha subido à cabeça”, ironizou.
* Já Tião, “foi um estadista”.
* Mas, como tudo em política, é uma questão de ponto de vista.
* E de paixões partidárias, claro.
* Para nós, eleitores, nenhuma grande novidade: cada um está ali atuando no seu próprio papel.
* Ou não?