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Gazetinhas 20/12/2014

* E a semana termina com a diplomação dos candidatos eleitos em 2014.

* O que era pra ser mais um daqueles eventos previsíveis e morosos, acabou se tornando um palco de discursos polêmicos e inflamados, que devem render pano pra manga o final de semana inteiro.

* Coisas do Acre…

* Agradecimentos de cá, promessas de lá, e os holofotes foram mesmo para a fala do governador Tião Viana, que aproveitou a aparição pública para se defender da acusação de participação no esquema de corrupção da Petrobras…

* …investigado pela Polícia Federal na famigerada ‘Operação Lava Jato’.

* A citação do nome do governador acreano, entre outros 28 políticos, pelo ex-diretor da empresa Paulo Roberto Costa, foi a notícia do dia, nos principais veículos da imprensa nacional.

* Mas, Tião não se fez de rogado e rebateu as denúncias com outras denúncias tão sérias quanto:

* “Os que me atacam com violência fazem parte de estupro, sequestro ou roubo declarado…Ser atacado por esse tipo de gente não me incomoda em nada”.

* Em nota, o governador declarou ainda que não conhece, nunca recebeu e tampouco procurou o “senhor Paulo Roberto Costa”…

* E repudiou qualquer veiculação do nome dele com o do ex-diretor da Petrobras.

*Seríssimo o negócio, né?

* Mas, de fato, é um assunto que precisa ser minuciosamente apurado e elucidado pela Justiça, antes de julgamentos e condenações precipitadas e injustas.

* A conferir os desdobramentos.

* Mais controvérsias causou o discurso do novo senador Gladson Cameli, na cerimônica de diplomação.

* Além dos agradecimentos e firulas tradicionais, Gladson, em geral mais moderado e avesso ao confronto, não poupou as alfinetadas aos opositores.

* De certa forma, parece ter desabafado o que não disse durante toda a campanha política.

* Criticou “os ataques, as inverdades, as calúnias e as ofensas daqueles que usam o poder para criar trincheiras ao invés de construir pontes”.

* E falou da necessidade da “partilha” do poder, que é “transitório” e “não uma propriedade”.

* Não tá errado, não.

* Porém, o discurso, pelo menos na ocasião em que foi feito, soou como um ataque entre os eleitos pela Frente Popular.

* Para o senador Jorge Viana, que participou da solenidade, Gladson “falou em humildade, mas foi prepotente e arrogante”.

* “Não é possível que o mandato já tenha subido à cabeça”, ironizou.

*  Já Tião, “foi um estadista”.

* Mas, como tudo em política, é uma questão de ponto de vista.

* E de paixões partidárias, claro.

* Para nós, eleitores, nenhuma grande novidade: cada um está ali atuando no seu próprio papel.

* Ou não?

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