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Após manifestação, profissionais da saúde conquistam melhoria na escala de plantões

 Profissionais da enfermagem e condutores de ambulâncias do Acre realizaram uma manifestação na manhã desta segunda-feira, 15, em frente ao gabinete do governo do Estado. As categorias buscam reivindicar acordos feitos pelo governo antes das eleições.

A reclamação mais comum entre as duas categoriasdiz respeito as condições de trabalho e escala de plantões não colaboram para uma boa realização do trabalho. A vice-presidente do Sindicato dos Profissionais Auxiliares e Técnicos de Enfermagem e Enfermeiros do Estado do Acre (SPAT), Alesta Amâncio, reclamou da escala imposta pelo Pró-Saúde.

“Nossa escala está um dia sim, e um dia não. Do dia 26 ao último dia do mês, estamos de folga; isso é uma indecência, pois passamos o mês inteiro cansados, trabalhando um dia sim, o outro, não. Enfermagem é uma profissão desgastante, enquanto todos dormem, estamos trabalhando e o pró-saúde nos oferece uma escala indecente. Na véspera das eleições, estava tudo acertado com o governo do Estado, e depois da eleição, a situação é esta”.

A escala considerada ideal para a categoria, ela explica que a folga deveria ser dividida entre os dias de plantões para que não haja prejuízos na boa realização do trabalho.

“A escala de 30 horas, um dia sim e dois não, seria ideal. Temos 12 plantões durante o mês, então, daria para ser um dia sim e dois não, de forma que a gente possa cumprir os plantões. Eu, por exemplo, trabalho até o dia 25 e estou de folga até o ano que vem. Isso é uma indecência”, reclamou.

Já o presidente do Sindicato dos Condutores de Ambulância do Estado do Acre (Sindconam), Marcos Figueiredo, afirma que a categoria precisa de mais valorização e uma escala mais ‘decente’, termo usado pelos manifestantes.

“Estamos aqui pra pedir valorização. Até hoje não somos valorizados, e precisamos também reivindicar a questão da escala. É muito corrida e desejamos uma escala condizente com a dos profissionais da enfermagem para a boa realização dos trabalhos”.

A rotina de trabalho dos profissionais é classificada por eles como “cansativa” e não há, por exemplo, tempo para descanso e para família. Isso pode, segundo o sindicalista, prejudicar seu desempenho no trabalho.

De acordo com a assessoria de comunicação da secretaria estadual de saúde, em reunião com representantes do movimento e a equipe de governo, ficou acertada a redução do intervalo dos plantões de 12h para 36h. Além disso, ficou acertado que apenas em duas oportunidades durante o mês o enfermeiro poderá fazer plantões de 24h, sem prejuízos aos atendimentos a comunidade.

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