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Comitiva da Cavalera visita aldeia no Acre

Estilista, diretor e assessora da grife conheceram aldeia
Estilista, diretor e assessora da grife conheceram aldeia

A equipe da grife Cavalera formado pelo diretor de criação, Alberto Hiar, a assessora de comunicação, Helga Fuchs e o estilista e designer, David Pollak, enfrentou sete horas de avião, sete horas de carro e oito horas de barco para visitar os índios Yawanawás da Aldeia Mutum, localizada na terra indígena do Rio Gregório, distante 500 km de Rio Branco. O resultado da visita pode ser uma coleção inspirada nos indígenas.

Os visitantes mergulharam na fauna e flora regional e, especialmente, vivenciaram um pouco da etnia conhecendo um pouco de suas origens e de seus costumes. Fugir da rotina do turismo tradicional foi o divisor de águas na escolha do roteiro turístico.

Na ocasião, eles puderam também vivenciar os rituais e brincadeiras da tradição Yawanawá tendo uma vivência introspectiva de harmonia com a natureza. Alberto Hiar não descartou a hipótese de a experiência ser usada como inspiração em futuras coleções da famosa grife.

“É impossível dizer que a viagem não me moveu e me inspirou de alguma forma. Mas eu fui com a vontade de desconectar do mundo, mesmo. O artesanato é a maior fonte de renda da tribo. Quando cheguei à aldeia, fui recebido com um incenso extraído de seiva e queimado no carvão. O cheiro foi tão incrível que eu comprei deles”, relatou Alberto Hiar.

Nova visita durante o Festival Mariri

Comitiva viajou 7h de avião, 7h de carro e 8h de barco
Comitiva viajou 7h de avião, 7h de carro e 8h de barco

Neste ano de 2014, no período de 10 a 15 de agosto, foi realizado na Aldeia Mutum o II Festival Mariri. Na edição de 2015, o diretor de criação da Cavalera confirmou o interesse em participar.

“Quero voltar à tribo em agosto para participar do festival deles. Mas, antes disso, pretendo trazê-los a São Paulo, em maio ou junho, para divulgar o evento. Vou também patrocinar o time de futebol do Mutum, fornecendo uniforme, meia e bola de futebol”, garantiu Hiar.

O festival foi criado após uma visão do cacique Raimundo Tuypuru, que sempre trabalhou para as realizações culturais e espirituais dos Yawanawás. O filho do cacique, Joaquim Tashkã, assumiu a liderança da Associação Sócio Cultural Yawanawá e deu sequência ao que é hoje o festival cultural indígena, que perpetua os costumes ancestrais, passados de geração a geração.

“Mutum é hospitaleiro e preza a cura espiritual. Eles me contaram a história deles: a chegada dos seringueiros, a entrada da igreja evangélica e como eles conseguiram se afastar de tudo isso e entrar novamente em contato com a sua cultura”, explicou o diretor de criação da Cavalera.

Interesse pela cultura indígena

Grupo viveu todas as experiências da tribo indígena
Grupo viveu todas as experiências da tribo indígena

Há quatro anos, Alberto Hiar viaja o mundo em períodos de quatro a cinco meses e sempre em destinos têxteis, principalmente, na França, Turquia, China e Índia. “Ultimamente, eu tenho tido vontade de conhecer lugares novos. No ano passado, fui para Bali e dessa vez quis visitar uma tribo. Agora, vou para Butão em janeiro ficar quatro dias de férias. É que a data bate com as minhas viagens a trabalho para Índia e China”, confessou.

Já de volta à rotina de trabalho, Alberto Hiar fez um balanço sobre a visita. “Cheguei à conclusão de que você não precisa de tudo o que busca. O índio caça e colhe o que ele precisa para se sustentar. Enquanto isso, a gente corre atrás de ter dez sapatos no armário, por exemplo, só para depois ficar infeliz porque não temos o par que o outro tem”, concluiu.

Maanaim atua no turismo regional

João Bosco fala sobre como foi a logística da visita
João Bosco fala sobre como foi a logística da visita

Toda a logística da expedição foi planejada, arquitetada e operada pela Maanaim Turismo que, desde 2007, trouxe um novo, exótico e sustentável conceito de turismo praticado na região. O pioneirismo, o empreendedorismo e a sustentabilidade em suas ações fazem serem reconhecidos e postos na vanguarda do mercado turístico regional.

Seus produtos primam pela qualidade e segurança aos passageiros. Preparam viagens para destinos de natureza preservada com a seleção dos melhores roteiros, experiências, passeios e hospedagens. Oferecem serviços turísticos que garantem conforto e segurança aos viajantes, com guias de qualidade e conhecimento sobre os destinos.

“É desta maneira que trabalham arduamente para que cada viagem ou expedição seja uma experiência única no contato com a natureza. Sua presença no mercado tem a marca da qualidade da operação e do respeito ao cliente, à natureza e aos moradores das regiões visitadas. Desta maneira, imprimiram um conceito diferente no mercado turístico regional: turismo socioambiental vivencial”, explicou seu diretor, o turismólogo João Bosco Nunes. (Com informações da revista Glamurama)

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