A expectativa de vida média da população do Acre subiu para 72,9 anos em 2013. Isso significa que os acreanos ‘ganharam’ 3 anos a mais de vida, em comparação com o mesmo parâmetro de 2012. Já em relação aos dados há 24 anos, em 1980, a expectativa de vida média do povo acreano subiu quase 13 anos. Naquela época, as pessoas estimavam viver até os 59 anos.
A tabela completa do índice de mortalidade de 2013 foi divulgada na edição de ontem, dia 1º, do Diário Oficial da União. Ele também está disponível no site da instituição que realizou o estudo: o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (www.ibge.gov.br).
Um fato curioso é que no Acre a expectativa de vida média das mulheres é bem mais alta do que a dos homens. De fato, elas vivem 76,6 anos, em média, enquanto ‘Eles’ têm a expectativa de vida média de 69,7 anos. Uma diferença de quase 7 anos de vida a mais que as acreanas têm de vantagem sobre os acreanos. E uma prova de que elas se cuidam mais.
O estado onde as pessoas atingem a maior longevidade é Santa Catarina. Lá, a média é de viver 78 anos e 2 meses. O Acre, com seus quase 73 anos de expectativa de vida, aparece bem na tabela nacional. Ocupa a 15ª posição onde as pessoas mais atingem a longevidade, ficando à frente, inclusive, de lugares como o Amazonas, o Pará, Bahia, Pernambuco, o vizinho Rondônia, e outros. O estado com menor expectativa de vida é o Maranhão, com 69,7 anos.
A média brasileira não se destoa muito da acreana. No país, a expectativa de vida média do povo brasileiro é de 74,9 anos. Ou seja, 2 anos de vida a mais do que da população acreana.
Viver mais, trabalhar mais
Se viver mais e o lado bom retratado pela pesquisa do IBGE, ela também tem um lado mais ‘laborioso’. Com base em tal estudo do IBGE, a Previdência Social aumentou o número de dias de contribuição necessários para que o trabalhador possa se aposentar em todo o país. Serão 79 dias a mais de trabalho. Isso se o contribuinte quiser manter o valor de benefício que tinha como base a tabela anterior.
A justificativa da INSS é que a expectativa de vida é um dos elementos que causam impacto no fator previdenciário, usado para calcular o valor das aposentadorias por tempo de contribuição.
O novo cálculo para o fator previdenciário já está em vigor desde ontem, 1º de dezembro. (FOTO: ODAIR LEAL / A GAZETA)