A 6ª edição da Feira do Peixe e da Agricultura Familiar está sendo realizada entre os dias 19 a 23, na Central de Abastecimento e Comercialização de Rio Branco (Ceasa), das 3h30 às 18h. Até o final da feira, a estimativa é de que mais de 30 mil pessoas compareçam ao evento.
O diretor-presidente da Ceasa, Paulo Sérgio Braña Moniz, 48, conta que a expectativa do evento é boa, apesar de ser um evento menor que a Feira da Semana Santa. “Na Feira da Semana Santa, a gente comercializou em torno de 122 toneladas de pescado e 420 toneladas de produtos hortifruti. Nesta aqui, a gente só quer comercializar 30 toneladas de pescado e 80 toneladas de hortifruti”, explicou.
A Ceasa realiza três feiras por ano. A primeira em abril, na Semana Santa. A segunda em setembro, coincidindo com a programação nacional da Semana do Peixe. Esta, porém, foi adiada devido ao processo eleitoral deste ano. A terceira é a Feira Natalina, que está sendo realizada nesta semana.
Em abril, a feira movimentou 2 milhões e 400 mil reais. Com uma base de 100 produtores, incluindo piscicultores e agricultores familiares, esta 6ª edição pretende movimentar pelo menos R$ 300 mil.
Braña também explicou que a Ceasa tem outra função além da pública: a comercial. “Nesta feira nós movimentamos dinheiro muito rápido. Em cinco dias, se os agricultores e piscicultores se prepararem, tiram dinheiro que não tirariam no ano inteiro. Esse é o objetivo realmente da feira: dar essa possibilidade para o agricultor e piscicultor ganhar dinheiro muito mais rápido do que ele ganharia comercializando cotidianamente”, relatou.
Além disso, a Feira é uma ótima opção para quem não está satisfeito com os preços da cesta básica de Natal. O consumo de peixe é mais barato, além de ser um produto rico em nutrientes como cálcio, ômega 3 e proteína. “Esse conjunto de coisas, aliado às frutas e às hortaliças, tem uma qualidade muito melhor do que só comer carne”, comentou Paulo Sérgio Braña. “A feira tem também esse papel de fazer um debate sobre uma educação alimentar saudável. E o ingrediente peixe tem que estar na ceia de Natal. Até porque estamos na região mais rica de produtos hídricos do planeta. A maior quantidade de espécies variadas de peixe. E não consumidos peixe? É contraditório”, observou.
De acordo com Braña, a Ceasa está começando a ficar pequena, levando em consideração a quantidade de pessoas que frequentam o espaço. Por isso, um novo convênio com o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) dará origem ao Ceasa do Peixe, com ordem de serviço para o primeiro semestre de 2015. “O que estávamos fazendo embaixo das tendas, nós vamos fazer agora em pavilhões”, adiantou.
O piscicultor Dorival Lima, 71, tem uma barraca de peixes vindos do Bujari no evento. Ele afirma ter participado de todas as edições passadas. Comparado com as primeiras, a atual feira não está vendendo muito para ele.
Culinária acreana
Raimunda Brito, 35, é dona do pequeno empreendimento Sabor da Terra e expõe a variedade de pratos regionais na praça de alimentação. Não há apenas peixe, mas também picanha, galinha caipira e até costela. No final do dia, a renda média chega a R$ 300,00. Em dias mais cheios, ela fatura R$ 500,00.
Outra opção interessante é comer no Rei do Pastel, que tem os sabores pirarucu à casaca e surumbi. Com pastéis de R$ 2,00 a R$ 50,00, o mais caro é tamanho família, que pesa em média 4 kg e serve de 5 a 6 pessoas. (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)