A possibilidade de ocorrer uma enchente recorde nos rios da bacia do Madeira foi tema do encontro que representantes do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) e a Defesa Civil de Rondônia e Acre, entre outros órgãos, tiveram no dia 16, no auditório do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), em Porto Velho. A resposta para o questionamento ainda não é definitiva. “Os rios da região apresentam níveis acima da média, mas dentro dos padrões de normalidade”, explicou a coordenadora regional do Sipam, Ana Cristina Strava.
Como as chuvas na região ocorrem dentro do padrão, a previsão é de que a cota do rio Madeira para o mês de março de 2015 chegue a 16,20 metros. Segundo Ana Strava, isto indica enchente, mas em proporções menores que a deste ano, quando ultrapassou os 19 metros. “Neste momento, o que temos é cota normal para o período, coerente também com o rio Beni, que é um dos formadores do rio Madeira. Mas ainda é cedo para afirmar se um alerta vai se configurar”, advertiu.
Respostas – A avaliação do coordenador-geral de Monitoramento e Operação, Marcus Suassuna Santos, sobre a reunião é de que serviu para que os organismos que compõem a Defesa Civil mostrassem como se encontram e demostrassem como buscam responder às demandas com ações unificadas.
A reunião foi denominada como “Encontro Técnico ‘Pré-Cheia 2015′”.
Os participantes apresentaram relatos sobre como atuaram com a Defesa Civil na enchente histórica, que afetou diretamente mais de 30 mil pessoas, a economia e parte dos serviços públicos em Rondônia. O impacto também foi grande no estado do Acre, principalmente porque a BR-364, única via terrestre utilizada para o abastecimento de alimentos e combustíveis ficou intransitável em alguns trechos.
O subcomandante do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Silvio Luiz Rodrigues, da Defesa Civil Estadual, destacou que os estados de Rondônia e Acre também apontaram necessidades que esperam ser supridas pelo governo federal.