X

A cara intolerante do Islamismo

Islã, palavra de origem árabe, significa “submissão a Deus”. Esse é o nome da religião fundada por Maomé, um mensageiro de Deus que nasceu em Meca, razão pela qual essa cidade veio a tornar-se o principal santuário do islamismo, religião essa também conhecida por isla-mismo e maometismo. As tradições islâmicas dizem que o anjo Gabriel perguntou de Maomé:  “O que é o islã ?” Maomé replicou, dando a essência da fé islâmica: “ O ISLÃ É CRER EM DEUS E NO SEU PROFETA; é dizer as orações prescritas; é dar esmolas; é observar a festa de Ramadã, e é fazer uma peregrinação a Meca”. A propósito, anualmente mais de dois milhões de muçulmanos prostram-se diante da mesquita de Meca durante o hajj.

Maomé dizia-se descendente de Ismael, o filho bastardo de Abraão com a escrava Hagar; a este Abraão é atribuída à origem, na condição de pai, do cristianismo, do judaísmo e do islamismo. O certo é que o islamismo é praticado por cerca de l, l bilhão de pessoas espalhadas, principalmente, no mundo árabe. Quatro pensadores muçulmanos, com destaque para Khomeini, contribuíram para fornecer um quadro ideológico aos partidários da revolução islâmica.

É interessante dizer que existem três correntes que animam o islamismo militante contemporâneo: a corrente modernista, favorável à modernização do código islâmico; o dogmatismo teológico, que se opõe a essa modernização; e a IDEOLOGIA REVOLUCIONÁRIA.

Em meados da década de 1980 apareceram diferentes movimentos revolucionários, tendo à frente emires que procederam a incessantes operações de desestabilização. Eles incitam a jihad (guerra santa) e buscam introduzir por toda parte a aplicação da shari’ah (lei divina do islamismo). Diante dessa atitude radical, mais política do que religiosa,  muitos intelectuais, tanto nos países islâmicos quanto na Europa e outras regiões, reagem contra o radicalismo e defendem uma franca modernização do islamismo. Outra coisa que poucos sabem, mesmo com os variados aplicativos de comunicação instantânea, é o fato de o Islamismo ser a religião que mais cresce na Europa, talvez por isso também cresça o xenofobismo nesta parte do mundo. Os portugueses católicos têm verdadeiro “lusofobismo” dos islâmicos.

Essa cara intolerante do Islamismo se radicaliza num fanatismo aqui vai além do zelo excessivo pela crença, pois se mostra irracional. Caracteriza-se pela ausência de autocrítica, é arrogante e estribado numa mentalidade imatura. A cara intolerante do islã, os meios de comunicação documentam a toda hora, é contagiada de atos brutais que vão da perseguição à eliminação dos que são considerados oponentes desse sistema religioso
Essa “banda podre” lança por terra à ética islâmica cuja virtude é “não oprimir o estrangeiro que peregrina na vossa terra e amá-los como a vós mesmos”. E, o que é pior, suscita uma Lei arcaica da nação muçulmana de cumprir, ao pé da letra, uma assertiva divina: “amaldiçoarei os que te amaldiçoarem”.

Em alusão ao ato de terrorismo no “Charlie Hebdo” provavelmente, por causa de alguns cartuns trazendo representações de Maomé, espalhados pelo mundo afora, com legendas atribuindo aos seus seguidores à pecha de “idiotas” não é um caso isolado, pois parece óbvio que o “massacre” está associado a um estreito sistema de crenças, em que o fanático supõe exprimir toda a verdade. A verdade, entre aspas, de  nunca permitir a liberdade de pensamento e expressão. Essa postura intolerante é perigosa, especialmente por incitar os seguidores duma religião, como foi dito acima, mais de 1 bilhão de adeptos. É ameaçadora, pois inflama uma multidão em defesa de uma suposta causa santa, mas com efeitos nocivos sobre a paz mundial.

O grave desse absolutismo reli-gioso é que, no caso específico do islamismo, nada os tira desse extremismo milenar; nem mesmo as virtudes comuns do amor, do respeito e da tolerância ensinadas pelo seu líder perpétuo Maomé.

*Pesquisador  Bibliográfico em Humanidades.
E-mail: assisprof@yahoo.com.br

Categories: Francisco Assis
A Gazeta do Acre: