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Alfabetização na Escola ‘Minha Abelhinha’

A alfabetização é uma etapa fundamental na vida da criança para a formação de um bom leitor/escritor na maturidade. Há alguns métodos que são utilizados para esse fim. Aqui, neste artigo, fala-se de um deles:’Método da Abelinha’. É um método fônico de alfabetização que primeiro ensina os sons de cada letra e, depois, constrói a mistura destes sons em conjuntos para alcançar a pronúncia completa de palavras. Permite, dessa forma, que a criança consiga ler toda e qualquer palavra. Esse  método nasceu como uma crítica ao método da soletração ou método alfabético, usado no Brasil até a década de 1980.

O método fônico (Método da Abelinha), diferentemente do método Paulo Freire, é indicado para crianças mais jovens e recomendado logo no início da alfabetização. Dizem os especialistas ser o melhor método, independente de quem aprende (qual idade) os sons das letras e a formação de palavras.

Mas nenhum método será eficiente se não for utilizado por um profissional competente, que ame essa arte de ensinar o mundo da leitura/escrita, a base para uma vida cidadã. E, aqui no Acre, há uma professora fantástica, ela alfabetizou minhas duas filhas (leitoras vorazes) e muita gente importante, bem sucedida na profissão. Trata-se da Prof.ª ANTONIA LACERDA SALES, mais conhecida como ‘Professora Toinha’. Ela possui o dom sublime de bem alfabetizar, isso porque ama ensinar, e as crianças adoram as aulas, que são dinâmicas, motivadoras, cheias de histórias e de ludismo. Está localizada no Bosque (3223-4766), Rua Cel.  José Galdino. É a professora ideal para alfabetizar crianças e mesmo adultos. Nunca se viu tanta habilidade numa profissional. As aulas são animadas, engraçadas, bem divertidas, tudo que uma criança gosta.

Então, a partir desse ‘Método da Abelinha’, utilizado com bastante sucesso pela professora Toinha, como recurso de alfabetização e um meio de atrair as crianças para a prática e o gosto da leitura, este artigo aponta os benefícios da leitura, que resulta de uma boa alfabetização. A criança bem alfabetizada dominará, com habilidade, a leitura/escrita, compreende melhor o mundo, a vida, o trabalho. Também, as pessoas bem alfabetizadas não tiram zero no ENEM.

A professora Toinha, habilidosa no método de alfabetizar, aproveita a imaginação e a criatividade das crianças, nessa fase inicial, como um ponto positivo para formar um bom leitor no futuro. E falar de leitura na alfabetização é falar de motivação e iniciação da escrita. Para se alcançar êxito nessa tarefa é necessário que o professor seja um mediador, aproveitando principalmente o que a criança trás para o espaço escolar e, então, compartilhar esse conhecimento, ampliando essas ideias e ajudando-a na organização delas.

A criança, no processo de alfabetização, precisa de algo prazeroso para construir  conhecimentos, criar as histórias que possibilitam alfabetizar e letrar. É na fase infantil, que a criança tem uma enorme facilidade de aprender, pois possui uma grande capacidade de imaginação. Por isso ter um bom alfabetizador é essencial.

Então, trabalhar com  alunos na alfabetização e pós-alfabetização, para além de simplesmente querer aprender a ler e escrever, significa trabalhar para a formação de leitores competentes, que sentem prazer em ler para aprender, para se informar ou para encontrar na leitura uma forma de aproximação com a arte, como no caso das obras literárias. Significa falar de um outro conceito: o letramento, que é mais que alfabetização, pois significa ensinar a ler e escrever em uma situação na qual a escrita e a leitura tenham sentido e façam parte da vida das pessoas.

Nessa Escola ‘Minha Abelinha’, da professora Toinha, as palavras que ela seleciona para o processo de alfabetização fazem parte do mundo das crianças, do espaço social onde vivem, como recomenda Paulo Freire (1989, p.13). Assim, as palavras aprendidas, a partir dos sons, veem carregadas da significação e da experiência existencial da criança, não do mundo do professor, como habitualmente ocorre em outros espaços escolares, com outros métodos. Aí reside, certamente, o sucesso dessa sublime tarefa dessa habilidosa e competente professora.

Sabe-se que há escolas que ao invés de motivar desmotivam o aluno. Ademais, fazem cobrança de palavras sem vida para o mundo das crianças. Para motivar os alunos, primeiramente, essa motivação deve partir do professor, mostrar as letras com entusiasmo, dando-lhes vida, sons, causando satisfação para quem escuta.

Este texto justifica-se pela preocupação que se tem com o domínio da leitura e da escrita, presentes no cotidiano escolar e na sociedade como um todo. Aliás, a preocupação vai além do domínio desta ferramenta. É preciso formar leitores e escritores, pessoas capazes de utilizar a leitura e a escrita como instrumentos de felicidade humana.

DICAS DE GRAMÁTICA
Seja/sejam, esteja/estejam são formas corretas dos verbos ser e estar. Não existem seje/sejem nem esteje/estejem. Já o verbo desejar faz o presente do modo subjuntivo em deseje, desejes, deseje, desejemos, desejeis, desejem.

* Luísa Galvão Lessa Karlberg IWA– É  Pós-Doutora em Lexicologia e Lexicografia pela Université de Montréal, Canadá; Doutora em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ; Mestra em Língua Portuguesa pela Universidade Federal Fluminense – UFF; Membro da Academia Brasileira de Filologia; Membro da Academia Acreana de Letras; Membro perene da International Writers end Artists Association – IWA; Coordenadora da Pós-Graduação em Língua Portuguesa – Campus Floresta; Pesquisadora DCR do CNPq.

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