Os integrantes de um grupo do aplicativo Whatsapp denominado “PM bom é PM morto”, foram identificados através de uma operação desencadeada pelas polícias federal, civil e militar na manhã desta terça-feira, 20. O grupo de articulava através da rede social visando matar policiais no Acre.
Como resultado da operação, foram cumpridos 07 mandados de prisão, 12 de busca e apreensão e três mandados de internação de menores de idade. A investigação teve início após a divulgação da existência do grupo que se articulava para armar ciladas contra policiais civis e militares no Acre. O número e os nomes dos alvos não foram divulgados.
De acordo com o chefe da Delegacia Fazendária da Polícia Federal, Jacob Guilherme, todos os presos já têm passagem pela polícia e devem responder por formação de grupo de extermínio. “Caso fosse uma ameaça vazia não teríamos chegado a este ponto. Nós verificamos a vida de todas as pessoas que conseguimos identificar e todos tinham passagem pela polícia por crimes violentos, como homicídio doloso na forma atentada, roubo com emprego de arma de fogo, crimes de ameaça, danos e invasão de domicílio”, afirmou.
A PF também não informou quantas pessoas faziam parte do grupo no aplicativo de celular e afirma que as investigações ainda não encerraram. Jacob confirma que outros envolvidos ainda podem ser presos. No total, 60 policiais federais e 24 civis participaram da ação.
O delegado regional de combate ao crime organizado da polícia judiciária federal, Fábio de Paula, afirmou que a periculosidade do grupo é percebida pelas apreensões de armas de fogo e drogas durante a operação. “Isso mostra o sucesso da operação e da integração com as demais forças policiais e a potencialidade lesiva dessa organização”, destacou.
O delegado e diretor de polícia da capital e interior, Nilton Boscaro, afirma que a integração das polícias Militar, Civil e Federal foram essenciais para que a operação tivesse sucesso. “Foi um trabalho de inteligência de forma integrada, essa palavra é uma diretriz tanto do governo estadual, quanto federal”.
O comandante da Polícia Militar, Júlio Cesar, afirma que a operação foi exitosa ao conseguir prender pessoas que incentivavam o assassinato de policiais. Para ele, a tentativa de inibir o trabalho da PM, através de ameaças, não vai surtir efeito.
Em quatro meses foram registrados 9 mortes de policiais no Acre
Durante a coletiva, a Polícia Federal confirmou a morte de nove policiais tos no Acre nos últimos quatro meses. E que será investigado o envolvimento deste grupo de extermínio em algum desses crimes. “Nós temos suspeitas, mas nenhuma prova no momento”, apontou o chefe da Delegacia Fazendária da Polícia Federal, Jacob Guilherme.