A presidente Dilma Rousseff vetou o reajuste de 6,5% na tabela de Imposto de Renda para pessoa física e ontem, 19, o governo anunciou um pacote de medidas para aumentar a arrecadação.
O veto à correção de 6,5% na tabela do Imposto de Renda saiu hoje no Diário Oficial. O governo alegou que a mudança levaria a uma perda de R$ 7 bilhões na arrecadação. Má notícia para quem ganha até R$ 1.903,98 que ficaria isento de pagar o imposto no ano que vem.
Agora, com o veto, continua valendo o teto de isenção de R$ 1.787,77. O governo deve corrigir a tabela do Imposto de Renda em 4,5%. Para isso vai ser preciso publicar uma nova Medida Provisória (MP).
“Acho que o governo tem que trabalhar isso com muita responsabilidade. O reajuste de 4,5% é o que nos podemos fazer neste momento”, fala Pepe Vargas, ministro da Secretaria de Relações Institucionais.
Segundo o Sindicato de Auditores Fiscais da Receita Federal, a defasagem na tabela do Imposto de Renda é de 64,28%.
Além do Imposto de Renda, o governo anunciou outras medidas que também mexem no bolso do consumidor. A meta é arrecadar R$ 20,6 bilhões a mais aos cofres públicos, com o aumento de impostos. Uma das medidas muda o preço dos combustíveis.
Vai ficar mais caro encher o tanque. A Petrobras já anunciou que vai repassar os custos ao consumidor. A Cide, que é uma taxa sobre a venda de combustíveis, e o PIS/Cofins, que estavam zerados, voltam. O preço da gasolina nas refinarias sobe R$ 0,22 e o do diesel R$ 0,15 por litro.
O governo também anunciou o aumento do IOF, o Imposto sobre Operações Financeiras, para quem pede empréstimo aos bancos. O valor agora dobrou. Passou de 1,5% para 3%.
As outras medidas são para importações e cosméticos. A alíquota do PIS/Cofins vai subir de 9,25% para 11,75% para os produtos importados.
Nos casos dos cosméticos, quem compra no setor atacadista vai passar a pagar o IPI – o Imposto sobre Produtos Industrializados, ou seja, terá o mesmo tratamento dos fabricantes.