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Fecomercio faz análise de reajuste dos preços

 Em dezembro de 2014, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, responsável por estabelecer as normas de conduta política monetária, subiu a taxa básica de juros do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) de 11,25% para 11,75% ao ano. O resultado é uma aceleração em alta do custo de diversos itens que irão pesar no bolso do consumidor.

O preço de vários produtos de primeira necessidade, principalmente alimentos como carne e hortifrútis que já haviam sido afetados no período de isolamento do Estado, voltam a subir em 2015. O valor da energia elétrica também oscilou bastante em 2014, devido as crises enfrentadas por causa de impactos na natureza e neste ano passa a funcionar com o sistema de bandeiras tarifárias, são elas a vermelha (sofre aumento R$3,00 a cada 100 kwh consumido), amarela (estado de atenção com acréscimo de R$1,50 a cada 100 kwh consumido) e verde (sem acréscimo).

Entretanto, foi só no dia 6 de novembro, após as eleições de outubro, que um dos itens mais importantes sofreu reajuste: o preço da gasolina aumentou o equivalente a 3% nas refinarias, e chegou aos postos de combustíveis de Rio Branco com um acréscimo no valor de revenda em aproximadamente 5%.  O aumento gerou uma onda de protestos pela população que passou a pagar mais pela passagem do transporte público. Os proprietários de automóveis também reivindicaram explicações.

De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Estado do Acre (Sindepac), Delano Lima e Silva, o aumento já era esperado, restando aos consumidores pesquisar o posto com melhor preço. “O aumento já era esperado, como sempre aumenta todo ano. Infelizmente, a culpa não é nossa [donos de postos combustíveis] porque o aumento também vem para nós. O que o consumidor pode fazer é procurar aquele lugar onde o preço esteja menor quando comparado aos outros postos e que também tenha um atendimento que melhor lhe agrade”.

O economista da Fecomercio/AC, Roberval Ramirez, afirma que os fatores que levaram a esse crescimento são muitos, mas ainda assim, há como o consumidor final controlar os gastos. “Existem vários fatores que influenciam os reajustes, o primeiro deles é a perda progressiva do valor do nosso dinheiro – o real.  Segundo, os impactos da natureza sofridos pelos fatores de produção do país, que prejudicaram sensivelmente a produção nacional. Quanto ao que os consumidores podem fazer para manter um equilíbrio das dívidas, entendemos que precisa ser criados pelo governo, incentivos à população consumidora. Então os consumidores com dívidas devem manter primeiramente um controle real sobre o que deve e o que ganha, para poder avaliar sobre sua capacidade de realizar, ou não, dívidas novas, de curto ou longo prazos.”

O economista acredita ainda que os próximos anos terão de ser melhor planejados. Acreditamos na necessidade de grandes ajustes na economia, principalmente quanto a melhora do mercado monetários e sistema de arrecadação fiscal, cujo resultado vai influenciar positivamente para os investimentos estruturantes que o país precisa para melhoria do padrão de vida da população.”

Reajuste no Acre

No dia 20 de janeiro deste ano, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Acre (Sindepac) Delano Lima, falou sobre uma alternativa do mercado depois do anúncio pela Petrobrás de um possível reajuste nos combustíveis.

Segundo anunciou o Ministro da fazenda Joaquim Levy, também no dia 20, haverá uma elevação do PIS, da Cofins e da Cide sobre os combustíveis. O impacto dos impostos será de R$ 0,22 para a gasolina e de R$ 0,15 para o diesel.

A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) defende a redução dos preços cobrados pela Petrobras nas refinarias, o que evitaria o repasse do novo custo ao consumidor final. Sobre esse assunto, o presidente do Sindepac, Delano Lima comentou que “a Petrobrás pratica um preço cerca de 70% acima do valor que é comercializado internacionalmente”.

Na ocasião, Lima falou sobre a participação em uma reunião ainda no mês de janeiro com o presidente da Fecombustíveis, no Ministério de Minas e Energia, onde uma alternativa será apresentada. “O objetivo do encontro é verificar a possibilidade de a Petrobrás absorver esse reajuste”, disse o presidente do Sindepac.

A alta nos impostos está prevista para o início de fevereiro para o PIS/Cofins e o retorno da CIDE para até 90 dias.

 

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