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Porto Velho decreta estado de alerta devido à cheia do Rio Madeira

Devido ao nível do Rio Madeira, a prefeitura de Porto Velho, decretou nesta terça-feira, 27, oficialmente estado de alerta para uma possível cheia no município. Na ocasião, o manancial marcava 15,28 metros, de acordo com medição da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM).

Em 2014, nessa mesma data, o nível registrado era de 15,15 metros. Ações de prevenção contra os efeitos da enchente já começaram a ser executadas pela Defesa Civil. Além disso, foi iniciado um trabalho de conscientização das famílias passíveis de serem atingidas para que deixem as casas o quanto antes.

Segundo a prefeitura, as iniciativas de prevenções tiveram início desde a constatação, há cerca de duas semanas, de que a cota do Rio Madeira no distrito de Abunã já estava dois metros acima do registrado no ano passado, quando as águas atingiram o pico máximo de 19,74 metros.

Famílias de Abunã, Fortaleza do Abunã e Jacy-Paraná já foram cadastradas como possíveis atingidos, e, na capital, famílias do Beco do Gravatal, no bairro Nacional, já estão sendo realocadas.
Conforme a Secretaria Municipal de Programas Especiais e Defesa Civil (Sempedec), os possíveis desabrigados não ficarão em escolas, para não prejudicar o ano letivo. O Abrigo Único, montado no Parque dos Tanques, em Porto Velho, já está em fase de desativação.

 BR-364
Ainda segundo a Sempedec, a pasta realizou uma viagem junto com hidrólogos do Centro Nacional de Alerta e Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), para mapear demandas do que pode acontecer na BR-364, que dá acesso ao Acre, que ficou totalmente isolado no ano passado, devido à cheia do Rio Madeira.

Durante a viagem, foram detectados pontos que podem ficar alagados e que devem ser sinalizados e balizados com antecedência. Segundo a Defesa Civil, os pontos sensíveis da BR-364 estão localizados próximos ao distrito de Jacy-Paraná, Mutum-Paraná, que ficou submerso por aproximadamente 14 quilômetros de extensão, e Abunã.

“O primeiro trecho que pode ser inundado, de acordo com o Cemaden, é a área próxima da antiga Mutum-Paraná. Há uma previsão de aproximadamente 10 dias para que isso ocorra”, explicou Pimentel.

A BR-364 também está sendo monitorada pela Polícia Rodoviária Federal. Uma régua foi instalada no quilômetro 471 da estrada, trecho que ficou completamente alagado em março 2014, isolando completamente o Acre.

Segundo a última medição, faltam apenas 52 centímetros para o Rio Madeira chegar à estrada. Na medição anterior, em 17 de janeiro, a marca registrava 1,20 metro. Entre 6 e 9 de janeiro, a água estava distante 1,10 metro da via; já no dia 12, o rio estava a 1,30 metro de distância. De acordo com a PRF, a partir da marcação de 0,50 metro, a situação será considerada crítica e a corporação trabalhará em estado de alerta.

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