Uma garota de 14 anos morreu e outra de 9 ficou gravemente ferida após ambas serem atropeladas por um ônibus da linha Montanhês, na noite de terça-feira (13), na Avenida Flaviano Melo, em Rio Branco. Segundo o Everton Freitas, primo da vítima fatal Estefânia Guimarães, ela e a amiga tinham acabado de sair da igreja que frequentam no bairro. Segundo ele, a garota teve a cabeça esmagada pelo veículo durante o acidente. De acordo com a direção pediátrica do Hospital da Criança, para onde a garotinha de 9 anos foi levada, a roda do ônibus passou por cima da região pélvica dela, dilacerando o aparelho reprodutor.
O pai da menina que morreu, o trabalhador da construção civil Osmildo Pires, disse que estava em casa esperando a filha voltar da igreja, onde era bailarina, quando soube do acidente. “Ela tinha ido ensaiar e ao sair disse para ela ir com Deus. Pela primeira vez ela respondeu: o senhor fique com Ele. Ninguém sabe dizer o que aconteceu, o que sei é que o motorista saiu feito ‘doido’ e acabou pegando a minha filha”, conta emocionado.
Ainda muito abalado, ele conta que não consegue dimensionar a dor. “Ela era a minha princesinha. Eu só quero Justiça meu Deus, para que ele nunca mais volte a fazer isso com o filho de ninguém. Uma dor dessa ninguém merece”, desabafa.
O primo da vítima, Everton Freitas, de 23 anos, conta que a família não chegou a presenciar o acidente, mas testemunhas informaram que o ônibus teria subido na calçada e atingido as duas meninas que eram amigas da igreja. Ele lembra que a prima fez 14 anos há uma semana e lembra com carinho da menina.
“Ela tinha muita perspectiva na vida, estudava muito e queria muiro trabalhar. A Estefânia era alegre e comunicativa, todos estamos muito abalados”, lamentou.
Gravemente ferida, a garotinha de 9 anos se encontra na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica, do Hospital da Criança. Ainda na noite de terça-feira ela passou por uma cirurgia e está entubada e sedada.
De acordo com o superintendente da RBTrans, Nélio Anastácio, o motorista foi afastado até que o laudo da perícia aponte o que aconteceu de fato no acidente. “A prudência nos faz esperar o resultado da perícia antes de qualquer posicionamento. O que vale ressaltar é que o motorista não estava de ré e que ficou no local, sendo retirado pela PM para que não acontecesse nada com ele”, diz. (Do G1/AC)