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Rio sem cor partidária

O assunto da vez é a cheia do Rio Acre. Já é uma das piores alagações da história do Estado. Os municípios ficaram debaixo d’água e um cenário pior ainda se desenha quando as águas descerem. É triste. É dramático. E pior ainda é ver as consequências desta triste realidade.

A população humilde de Brasileia (uma cidade que está praticamente toda coberta) perdeu seus bens. Ficaram alagados, às escuras (sem energia elétrica) e sem comunicação (sem telefonia). O hospital de Brasileia ficou inundado. Como solução, decidiram levar os pacientes para Xapuri. Só que o hospital de Xapuri também está alagado. Ou seja, é melhor trazer pra Rio Branco mesmo.

Triste também é ver pessoas tentando promover jogos políticos em cima desta situação. O povo sofre e o que mais se vê nos discursos de parlamentares e prefeitos é ‘vamos deixar as cores partidárias de lado e ajudar as pessoas’. Só que alguns não passam de discursos vazios. E ainda falam para deixar a política de lado e depois criticam gestores. Postura nada apartidária.

Só que, enquanto a politicagem é feita, a população continua atormentada. As cidades continuam se transformando em uma ‘Atlantis’. E o rio não está nem aí pra isso. Ele, sim, não tem cores partidárias. Só segue o seu curso natural. Sobe e desce conforme as chuvas que recebe. E não adianta ninguém tentar achar seus interesses políticos sobre isso. Não vai mudar nada.

A Gazeta do Acre: