O nível do rio Acre em Brasileia baixou mais de quatro metros nesta sexta-feira, 27, e exibiu um cenário de destruição nunca visto no Estado. A cidade está destruída e os prejuízos são incalculáveis. Toda a infraestrutura da cidade está comprometida, assim como imóveis residenciais e públicos. Há milhares de desabrigados e a preocupação agora é com os desbarrancamentos e desabamentos e com as doenças que surgem decorrente do alagamento.
“O que vemos aqui é algo que jamais imaginei ver no Acre. É muito triste!”, lamentou o deputado federal César Messias (PSB). “Brasileia vai precisar de muita solidariedade para se reerguer”, acrescentou.
Cesar Messias compôs a comitiva de autoridades lideradas pelo governador Tião Viana, que acompanhou o ministro da Integração, Gilberto Occhi, em visita nas regiões inundadas na cidade de Epitaciolândia, Brasileia, Xapuri e Rio Branco. Occhi estava acompanhado do coordenador da Defesa Civil Nacional, general Adriano Pereira Júnior.
A comitiva foi composta, também, pelos senadores Jorge Viana (PT), Sérgio Petecão (PSD) e Gladson Cameli (PP); os deputados federais Raimundo Angelim, Léo de Brito e Sibá Machado, todos do PT; Jéssica Sales (PMDB) e Alan Rick (PRB) e os deputados estaduais Ney Amorim, Daniel Zen e Leila Galvão, todos do PT) e Chagas Romão (PMDB).
“Em Xapuri, o rio também já estão baixando, mas ainda vimos as águas à frente da igreja, algo que era impensável até então. Em Epitaciolândia, também não vimos muito diferente e, em Rio Branco, mantivemos contato com algumas das pessoas que estão alojadas no parque de exposições”, relatou.
Ministro libera recursos
O ministro Gilberto Occhi se mostrou sensível e solidário aos acreanos. Depois da vistoria aos locais afetados pelo transbordamento dos rios acreanos, ele garantiu a liberação de recursos para socorro emergencial. Através do seu ministério, Occhi anunciou que vai destinar mais de 17 mil kits de cestas básicas, água potável, materiais de higiene e limpeza para as vítimas da enchente.
O Ministério da Integração também vai fazer o levantamento das residências atingidas para, em seguida, fazer a liberação de recursos para a construção de novas residências em locais de terra-firme, evitando, assim, que novas tragédias voltem a afetá-las.
“Será preciso um esforço grande das prefeituras em parceria com o governo estadual e federal para por fim ao sofrimento dessas pessoas”, finalizou César Messias.