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Cheia já causa graves prejuízos à agricultura e Safra age intensamente para apoiar ribeirinhos

 A prefeitura de Rio Branco, através da Secretaria Municipal de Agricultura e Floresta (Safra), está reforçando o apoio aos ribeirinhos e produtores em toda a zona rural da cidade atingida pela cheia do Rio Acre e seus afluentes. Embora parte da produção tenha sido perdida, a Safra está ajudando os moradores de regiões mais distantes e aqueles que não têm como adotar providências por si próprios.

O trabalho de apoio aos ribeirinhos está sendo coordenado pelo diretor do Departamento de Produção Rural da Secretaria de Agricultura, Jorge Rebouças. Na última terça-feira, 24, ele e o titular da Safra, Mário Jorge Fadell, e seus técnicos estiveram vistoriando a situação nas comunidades do Catuaba, Liberdade, Belo Jardim, Extrema e Panorama, Colibri, Limoeiro e Oriente.

Os moradores do Liberdade e do Catuaba estão neste momento isolados pela via terrestre. A ponte sobre o Igarapé Liberdade foi tomada pelas águas. Esta ponte liga as comunidades ao ramal Belo Jardim sendo a única via de acesso terrestre. Os danos à estrutura da ponte ainda não podem ser avaliados.

Outro ponto de isolamento é a ponte sobre o Igarapé Preto, que liga a comunidade do Catuaba e Vista Alegre ao Ramal Belo Jardim, região que registra vários pontos de alagação que impedem a passagem de veículos.

Nas comunidades do Colibri, Limoeiro e Orientes foram perdidos três hectares de mandioca e milho. No Catuaba, Liberdade e Extrema foram perdidos mais de 20 hectares de mandioca e quiabo. Para evitar prejuízo total, os produtores optam, como medida emergência e não rotineira, arrancar a mandioca e fabricar goma. Essa medida é antieconômica, segundo a Safra, porque reduz em 50% o ganho de produção devido à antecipação forçada da colheita.

Produtores antecipam colheita como medida emergencial

Além das orientações a respeito da cheia do rio Acre, a prefeitura de Rio Branco também está fazendo um levantamento dos danos e prejuízos causados, além de fornecer transporte para que os produtores possam escoar a produção que não foi perdida até a cidade.

Para não perder a produção que ficou debaixo d’água, os agricultores anteciparam a colheita, parte dela já comprometida com a cheia. Além disso, muitas famílias trabalham em regime de mutirão, já que a maior dificuldade nesta época do ano é em relação à mão-de-obra.

Assim como ocorreu no ano passado, antecipar a colheita tem sido a tônica entre os produtores. O fato da prefeitura de Rio Branco, através da Safra, estar presente no cotidiano dos agricultores com um processo de mecanização que apoia na produção ajudou a recuperar boa parte dos produtos, mesmo com o nível do rio acima dos dezesseis metros.

Casas começam a ficar isoladas pela água

Além do transporte, em situação emergencial a Prefeitura de Rio Branco também ajuda no fornecimento de água potável para os moradores que estão ilhados e não tem como sair de suas casas até que o nível das águas comece a baixar. Até a terça-feira, três residências estavam alagadas no Colibri e Limoeiro. Nas demais comunidades não foram encontradas residências afetadas, informa o relatório da Safra.

O apoio da Prefeitura, reafirmou Mário Jorge Fadell, tem reduzido de maneira substancial os danos e perdas durante a alagação.

A Gazeta do Acre: