Durante entrevista coletiva realizada na tarde de quinta-feira, 12, o secretário de Saúde do Acre, Armando Melo, disse que a Sesacre vai apurar a atuação do suposto médico, que clinicava sem registro no CRM, em plantões no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb). O gestor disse que um procedimento administrativo já foi instaurado e que espera receber algumas informações da polícia para saber quem participou da ilegalidade.
Melo fez questão de destacar que o suposto médico, Renato Vilela, preso por pratica ilegal da medicina e de usar um registro do CRM falso, no início da semana, não pertence aos quadros funcionais da Sesacre e muito menos do Huerb. Em depoimento, Renato Vivela teria afirmado que entre os dias 31 de dezembro e 1º de janeiro de 2015, teria trabalhado na unidade hospitalar em regime de plantão, e em alguns momentos teria ficado sozinho no hospital.
O suposto médico disse ainda que em outros momentos teria trabalhado no Huerb e que era pago pelos plantões em espécie.
“O Renato não faz parte do quadro de servidores do Estado e, portanto, não existe nenhum vinculo empregatício com a Sesacre. A visão da administração em relação a essa situação, é de que em verdade ele não é servidor do Estado do Acre”, enfatizou o secretário, ao garantir que o acusado “não consta em nenhuma escala de plantão” e que “em nenhum momento prestou serviços no Hospital de Urgência e Emergência”.
Armando Melo disse ainda que as informações que tem sobre o caso são as divulgadas pela a imprensa, mas garantiu que se for comprovada alguma irregularidade, os responsáveis serão punidos.
“A principio as informações que obtivemos foram aquelas divulgadas pela imprensa. Posteriormente fomos oficiados pela polícia nos comunicando sobre esse flagrante. Vamos apurar esse caso nas esfera administrativa e se for provada alguma irregularidade os responsáveis serão punidos nos rigores da lei”, disse.
Sobre o suposto médico ter recebido de um dos diretores do Huerb dinheiro pelos plantões trabalhados na unidade de saúde, o secretário disse não estar por dentro dessa situação que compete à gestão anterior, mas que tudo será apurado.
Sobre a informação de que uma mulher teria morrido no período em que o acusado estaria atendendo na unidade de saúde, o secretário disse que o registro de morte de uma mulher naquela unidade de saúde foi em decorrência de complicações de uma cirurgia, mas que a paciente teria sido atendida por um médico identificado pelo nome de Thiago.
O secretário fez questão de dizer, ainda, que a Secretaria de Saúde não aceita esse tipo de procedimento. “A administração não compactua com esse tipo de situação”, comentou.
Sobre a fiscalização das escalas no pronto-socorro, Melo disse que a responsabilidade de fiscalizar as escalas é do diretor técnico do hospital. “Hoje é o doutor Giovanni Casseb, mas na época não era o doutor Raimundo Castro”, disse.
O secretário de Saúde disse ainda que essa situação serve como aprendizado. “A gestão agora vai fiscalizar de forma mais rígida as escalas dos médicos”, finalizou.