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Jornalista é preso em Cruzeiro do Sul e tem fotos apagadas de sua câmera por policial

O repórter cinematográfico e fotográfico José Wiles Carvalho Torres, 30 anos, pais de 2 filhos, foi detido no cumprimento da sua profissão. Ele estava trabalhando na última noite de Carnaval em Cruzeiro do Sul. Ao registrar uma ação policial, um dos guardas que fazia uma prisão não quis ser fotografado. Ele partiu para cima de José Wiles e ordenou que ele apagasse suas fotos, dizendo que ‘não autorizava os direitos de sua imagem’. Caso se recusasse a obedecê-lo, o jornalista iria para a delegacia.

E foi. José Wiles contou que estava apenas trabalhando e que o policial foi pra cima dele para lhe tomar seu equipamento. O repórter se negou a dar sua câmera para que o policial o levasse para a delegacia. Ele foi detido. Mas o pior é que, quando entrava na viatura da polícia, o agente tomou sua câmera e deletou as fotos que haviam sido feitas sobre a prisão.

O jornalista foi preso por volta das 3h da madrugada e ficou na delegacia até as 10h da manhã. Sua esposa conseguiu uma advogado para tirá-lo de lá.

José Wiles ficou revoltado por ter tido suas fotos apagadas, além de ter passado pela humilhação de ser levado em uma viatura e passado 7 horas preso em uma cela de delegacia.

O presidente do Sindicato dos Jornalistas do Acre (Sinjac), Victor Augusto de Farias, diz que o sindicato cobrará justiça para o caso, uma vez que José Wiles não fez mais do que seu trabalho ao cobrir um agente público em serviço. Ontem à tarde, Victor e parte da diretoria do Sinjac se reuniram com o corregedor-geral da Polícia Civil, Josemar Pontes, para exigir os direitos do jornalista e pedir punições para os policiais que ajam desta forma com outros profissionais da imprensa.

 

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