A secretaria Municipal de Saúde (Semsa), em parceria com a secretaria de Articulação Comunitária e Social (SEMACS), continua realizando os mutirões de combate à dengue e à febre chikungunya nos bairros de Rio Branco, que apresentam altos índices de infestação predial do mosquito aedes aegypti. Nesta sexta-feira, 13, foi a vez do Seis de Agosto, no Segundo Distrito, receber a visita dos Agentes de Endemias e Agentes Comunitários de Saúde, que deram orientação, vistoriaram as condições das caixas d´agua e outros recipientes e aplicaram larvicida.
Os mutirões são feitos de modo que todas as casas do bairro sejam visitadas. Com folders explicativos sobre o combate à doença, de casa em casa, os agentes, olham cada detalhe como vasos de plantas, vasilhas com água dos animais, calhas e caixas d’água em nível de solo considerados como maior problema nos quintais, porque representam mais de 52 por cento da infestação do mosquito. A aplicação do larvicida e a distribuição de tampas de caixas d’água são parte das ações dos arrastões. “A maior parte dos criadouros se refere a depósitos que fazem parte da rotina das famílias e que a participação da população é crucial para a redução da infestação pelo aedes aegypti”, destaca o secretário de Saúde, Oteniel Almeida.
Lideranças comunitárias envolvidas
As ações lideradas pela Semsa e SEMACS contam com apoio das lideranças comunitárias, como os presidentes de associação de moradores. Foi assim no Oscar Passos, Baixada, Tancredo Neves e no Seis de Agosto. No bairro Seis de Agosto, o presidente Oséias da Silva e os diretores Marcelo Fontenelle e Paula Costa estiveram presentes no mutirão. Oséias faz questão de ressaltar que os líderes comunitários ficaram satisfeitos em serem contatados pelas secretarias para atuar nas ações de combate à dengue. “Nós sabemos os problemas dos bairros e por isso podemos ajudar o poder público. Os moradores ficam mais receptivos quando chegamos às casas junto com as equipes”, ressaltou Oséias.
No bairro Seis de Agosto, a moradora Maria da Léia Costa, conta que ela e o filho já tiveram dengue e que agora se preocupa muito com o combate à doença. Ela fez questão de mostrar a caixa d’água e o quintal para os agentes, que não encontraram focos do mosquito no local. “Fiquei aliviada porque aqui não tem o mosquito nem focos dele. A dengue é muito dolorosa e eu quero distância dessa doença”.
O secretário de Saúde de Rio Branco, Oteniel Almeida, explica que a situação não é alarmante com relação a dengue, já que o índice de infestação predial do mosquito aedes aegypti, continua sendo 4,23 número que já foi superior a 10 por cento. Mas o secretário diz que é preciso estar atento para que não haja aumento do índice de infestação e de casos.
Oteniel Almeida cita que atualmente de cada 100 casos notificados, entre 13 e 17, são confirmados. “A situação não é alarmante, mas requer toda a atenção. Por isso vamos continuar com os arrastões e mutirões nos bairros que apresentam maior número de casos da doença, e vamos continuar a parceria com os líderes comunitários, que são de grande ajuda para nós”, concluiu.