O deputado estadual Daniel Zen (PT) é um dos novos parlamentares da recém-empossada legislatura estadual ocorrida no último dia 1º de fevereiro. Escolhido para ser o líder do governo na Assembleia Legislativa (Aleac), o parlamentar fez uma avaliação da primeira semana de debates na Assembléia.
“Tivemos uma semana propositiva. Isso nos proporcionou ter uma noção de como serão os debates nesta nova legislatura”, disse.
Quanto à função líder do governo, Zen reafirmou que está preparado para o desafio e que não teme o desgaste político que o cargo possa lhe trazer.
“Recebi esta missão com muita serenidade e muito comprometimento em cumprir meu dever. O desgaste é natural porque o líder do governo é o pára-choque das críticas dos eventuais problemas que venham a aparecer. Estou tranquilo quanto a isso. Meu foco é manter um diálogo aberto e coerente. Estou no parlamento estadual para fazer defesa inteligente do governo”, declarou.
O parlamentar acredita que a Frente Popular ainda tem muito a colaborar com o desenvolvimento do Estado. “Muitas pessoas costumam dizer que a Frente Popular já está no poder a muito tempo e que não tem mais com que contribuir. Porém, não vejo dessa forma. Estamos desenvolvendo um bom trabalho e precisamos dar continuidade a isso. A população entendeu a necessidade disso, tanto que reconduziu o governador Tião Viana (PT) ao cargo”, frisou Daniel Zen.
Indagado sobre a suposta “maldição do líder do governo”, onde deputados que desempenham esse cargo dificilmente conseguem se reeleger, Daniel Zen citou o exemplo do ex-deputado Edvaldo Magalhães (PC do B) que venceu várias eleições.
“Acredito que quando fazemos um bom trabalho no parlamento estadual, priorizando o respeito pelos pares, à comunidade e ao governo, o resultado só poderá ser positivo. O maior exemplo disso é o ex-deputado Edvaldo Magalhães. Foi detentor de vários mandatos”, ressaltou.
A respeito da possibilidade de também assumir a comissão mais importante da casa legislativa, a de Constituição e Justiça, Zen, que possui formação na área jurídica, afirma que aceitaria com orgulho o convite que possa vir ser feito e disse que está preparado para o trabalho.
“Este será um desdobramento natural, e se for indicado, terei a honra de exercer. Teria muita satisfação até pela minha formação jurídica. Será um trabalho desafiador”, declarou.
A respeito da suposta subserviência da Aleac ao executivo, Zen diz que encara natural que haja o que ele chama de ‘afinidade’, pelo fato da maioria dos deputados serem da base de apoio. “Quando se tem a maioria da base há um alinhamento natural, mas é importante manter a independência”, finalizou.
Além da liderança, o parlamentar argumentou que dará prioridade ao mandato com a apresentação de projetos que beneficiem a sociedade. Em relação à convivência com a oposição, ele afirmou que será a mais democrática possível.
(Foto: Agência Aleac)