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Sindicato dos postos garante abastecimento de combustíveis mesmo com cheia do Madeira e comenta reajuste de preços

 O Sindicato dos revendedores de combustíveis do Acre, (Sindepac) em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (03) informou sobre as ações para garantir o abastecimento caso haja isolamento terrestre, em virtude da cheia do Madeira, e bloqueio da BR 364. Durante o encontro com jornalistas, os diretores da entidade também comentaram sobre o último reajuste dos combustíveis.

Segundo o presidente do Sindepac, Delano Lima, caso o Acre fique isolado mais uma vez, como ocorreu em 2014, há um planejamento acertado entre distribuidoras e revendedores para garantir o abastecimento. “Em outubro do ano passado o sindicato notificou as distribuidoras para que as mesmas apresentassem um plano de contingência para atender os revendedores em todo Estado do Acre e evitar o desabastecimento no caso de um eventual bloqueio da BR-364”.

Entre as providências, o sindicato também informou que foi enviado ofício à Agência Nacional do Petróleo (ANP) e ao Gabinete da Casa Civil, do governo do Acre, para que ambos pudessem acompanhar as providencias das distribuidoras. “Contamos também com o apoio do governo do Estado no enfrentamento a um possível colapso. Para este ano, temos o compromisso das distribuidoras em manter o abastecimento através da base de Cruzeiro do Sul”, completou o presidente da entidade.

O estoque em Cruzeiro do Sul passou de 1 milhão e 900 mil para 32 milhões de litros, após a inauguração de uma nova base da Petrobras naquela região. A quantidade de combustíveis de acordo com o sindicato é suficiente para atender todo Estado por 45 dias, período suficiente para outras balsas renovarem o abastecimento.

Durante a coletiva, o Sindepac se pronunciou pela primeira vez sobre o reajuste recente, autorizado pela Petrobrás. Com o aumento da tributação sobre os combustíveis, o preço da gasolina e do diesel está sendo reajustado pelos proprietários dos postos até o final da semana. “Muitos estabelecimentos estão mantendo o preço antigo, até que novas cargas cheguem. Isso demonstra a retidão com que o setor trabalha. Quem tem estoque não altera a tabela, até que comece a pagar mais caro à distribuidora”, explicou.

Sobre a diferença de preços entre um posto e outro, o presidente da entidade também explicou que “o mercado dos combustíveis em todo pais é livre e o sindicato não orienta os revendedores a repassar ou não repassar aumentos recebidos das distribuidoras, porque preza pela livre iniciativa e concorrência do setor”.

Ele também enfatizou que cada distribuidora possui sua política comercial com os revendedores e é esta é uma situação em que o sindicato não pode intervir diretamente. “ Se há diferenciação de preços, é por que existe a concorrência livre e isso depende das distribuidoras”, explicou.

Como conselho aos consumidores, o Sindepac orientou à pesquisa. “Cada estabelecimento tem seu custo operacional diferente e autonomia para decidir sobre o preço de seus produtos, mas o consumidor deve pesquisar o melhor preço e atendimento”, completou.

 

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