Eu esperei anos, foi quase uma gestação, se não fosse pelo fato de que durou bem mais que nove meses. Hoje, finalmente, eu estou fazendo o que verdadeiramente amo: sou jornalista.
Foram duros cinco anos na Ufac. Sim, cinco anos. Afinal, passar pela Ufac e concluir o curso sem passar por nenhuma greve, é quase como ir a Fortaleza e não ir à praia do Futuro, porque é lá que você encontra todos seus amigos que foram ao Nordeste.
A rotina, já na etapa final do curso, era a mesma. Noites sem dormir, fazer e refazer capítulos, tomar remédios para controlar as infinitas dores de cabeça, chorar e entrar em desespero cotidianamente.
Mas, como todo dia de chuva tem seu fim, o meu também teve. E foi um final feliz. Me graduei, recebi meu tão esperado e lindo diploma. Porém, ainda não estava de fato exercendo a profissão.
Acredito de verdade, que tudo tem seu tempo certo e um propósito debaixo do céu. Então, eu esperei, esperei ansiosa. Achei que nunca iria voltar a produzir matérias e participar do dia-a-dia de uma redação.
A oportunidade chegou, e veio com um sorriso enorme e encantador. Dois queridos amigos fizeram uma proposta para fazer uma experiência, e “por aqui” estou. Agora sim, plenamente feliz.
Afinal, o jornalismo corre nas minhas veias. Sabe aquela herança que literalmente passa de pai para filho?!
Meu pai sempre foi minha maior inspiração. Jornalista fotográfico por mais de 50 anos, Américo de Mello como é conhecido, documentou todos os momentos históricos do Acre. Meu papai querido… Aquele que sempre me guiou pelos caminhos do jornalismo.
* Bruna mELlO é jornalista
bmello.90@gmail.com