O fenômeno da erosão deve-se aos seguintes fatores:
1. Durante as cheias anuais , ocorre a aceleração dos processos erosivos que é variável com a vazão do Rio Acre que se eleva
2. Situa-se a cidade de Rio Branco nas alças de dois meandros e nas partes côncavas das mesmas, o que favorece o surgimento de grande velocidades, em consequência, ocorre o solapamento das margens.
Em face a grande velocidade, ocorre frequentemente a formação de redemoinhos que atingem o leito do do rio, afoufando o material de sua constituição, (argila, silte e areia) provocando com isso a abertura de crateras a medida que se aproxima das margens, vão agravando a instabilidade do barranco ou de qualquer material pesado ali situado, provocando com isso o seu desequilíbrio e deslizamento.
3. O grande índice pluviométrico registrado nessa região e a retirada indiscriminada da cobertura vegetal, verificado ao longo das margens do rio e seus afluentes, à montante da cidade.
Além disso, o não direcionamento das águas pluviais nas ruas da cidade fronteiriça ao rio, vem contribuindo consideravelmente para a lixiviação do solo e o aumento do caudal do Rio Acre.
4. A composição geomorfológica do solo constituintes de suas margens, favorecebastante o fenômeno do desbarrancamento das margens.
Atua sobre este cenário de instabilidade Ambiental, dois fenômenos estruturais: O geológico com os agentes de Instabilidade do solo( acomodação, Transporte de massa, desmoronamento e o deslizamento de terra. E o Hidrológico (chuvas torrenciais em cabeceiras de rios, duração do fenômeno, alagamentos, enxurradas e infiltração no solo da bacia hidrográfica e suas.
5. Devido a esta associação de fatos, verifica se portanto, o enfraquecimento da coesão do solo , com o tombo das camadas amais altas das margens da frente da cidade de Rio Branco.
Sugestões para equacionar os problemas, desencadeados pelos fenômenos hidrológicos e geológicos na bacia hidrográfica do Rio Acre em frente a cidade de Rio Branco:
– Elaborar e Implantar espigões perpendiculares com material biodegradáveis, a fim de diminuir a velocidade das águas na frente da cidade, e provavelmente propiciar a decantação do material sólido em suspensão na água.
– Propor um amplo programa de recupera Ambiental, envolvendo prefeitos, Câmaras de vereadores escolas e a sociedade em geral, a partir dos indicadores de desastre ambientais provocados pelas obras estruturais nas áreas de abrangência das cheias do Rio Acre. Bem como, o restabelecimento do equilíbrio ecológico de todo ecossistema do Rio Acre.
E se não formos eficaz no processo de recuperação, as enxurradas se intensificarão com maior intensidade nas próximas cheias.
* Geografo Claudemir Mesquita
Especialista em planejamento e uso de bacias hidrográficas