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Com dólar ‘caro’, comprar importado no Brasil pode ser vantajoso

Fazer compras no exterior quase sempre foi vantajoso para o consumidor brasileiro. No entanto, com a mais recente escalada do dólar em relação ao real, é preciso fazer as contas antes: alguns itens vendidos no Brasil podem ser mais baratos ou ter o preço muito próximo ao encontrado lá fora.

Um relógio Rolex, por exemplo, custa menos se comprado no Brasil que nos Estados Unidos, em dólar. Enquanto aqui é vendido a R$ 11.491, no exterior sai por R$ 15.965, considerando a cotação de R$ 3,10. Esse também é o caso do whisky Red Label. Nos Estados Unidos, a bebida é vendida a R$ 96,10 e no Brasil, a R$ 67,90.

“Com esses dados, posso concluir que, com a alta do dólar, é preciso analisar se realmente vale a pena comprar o produto no exterior. Em geral, posso dizer que sim, mas há casos em que o valor do produto adquirido no Brasil é mais barato que o importado. A razão pode estar no fato de que muitos dos produtos vendidos no mercado interno foram adquiridos antes da alta do dólar, o que os torna, momentaneamente, mais competitivo. Se o dólar se mantiver no atual patamar, dificilmente essa vantagem permanecerá”, disse a advogada Alice Gontijo Santos Teixeira.

De acordo com a especialista, nesse cenário atual, em que a moeda norte-americana acumula alta de 22% no ano e já chegou a passar os R$ 3,28, a alta carga tributária sobre a importação (cerca de 60% do valor do produto, nos exemplos abaixo) tornará mais vantajoso adquirir o produto no exterior.

Veja na tabela abaixo outros exemplos de produtos. Os dados foram pesquisados pelo escritório Sacha Calmon – Misabel Derzi Consultores e Advogados.

A Gazeta do Acre: