Foi divulgado nesta quinta-feira, 12, pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, o Levantamento Rápido para Aedes aegypti (LIRAa). O levantamento é fundamental para orientar a prefeitura das cidades, nas ações de controle e prevenção da dengue e chikungunya.
Esse ano, 1.844 municípios brasileiros realizaram o levantamento, entre janeiro e fevereiro. Em relação aos participantes do ano passado, houve um aumento de 26,38%.
O índice usado no LIRAa leva em consideração o percentual de casas que foram visitadas durante a pesquisa e que apresentaram larvas do mosquito Aedes aegypti.
Os municípios classificados em estado de alerta, apresentam larvas do mosquito em menos 3,9% dos imóveis pesquisados. Já as cidades classificadas como de risco, apresentam mais de 3,9% dos imóveis pesquisados. É considerado como satisfatório aqueles municípios que apresentam apenas 1% de residências com larva do mosquito.
No Acre, apenas 11 municípios apresentaram o levantamento, são eles: Acrelândia, Brasiléia, Bujari, Capixaba, Cruzeiro do Sul, Feijó, Plácido de Castro, Porto Acre, Sena Madureira, Senador Guiomard e Xapuri.
Para o Ministro da Saúde, Arthur Chioro, o combate a dengue deve ser feito com o fortalecimento da prevenção. “Tão importante quanto fazer o LIRAa, é seguir as informações apresentadas pelo levantamento para corrigir os problemas”, alertou.
De acordo com o levantamento, o estado do Acre mostra a maior incidência de dengue, com 695,4 casos para cada 100 mil habitantes. Seguido de Goiás e São Paulo. É importante ressaltar que o período do ano de maior transmissão da dengue vai de março a maio.
Ainda de acordo com o LIRAa, o município de Cruzeiro do Sul, com mais de 80 mil habitantes, foi o que apresentou o maior número de casos de dengue, com 4.507 pessoas infectadas.
Já o Índice de Infestação Predial (IPP) de Brasiléia foi o maior entre os municípios acreanos, medido em 10,1. Esse índice é a relação expressa em percentual entre o número de imóveis com presença da larva do mosquito e o número de imóveis pesquisados. Portanto, Brasiléia está entre os municípios com risco de epidemia, pois apresenta um percentual acima de 3,9.
Segundo o Ministro, em apenas 15 minutos as famílias podem fazer uma vistoria em casa e eliminar qualquer circunstância que possa acumular água parada. “São medidas simples, como tampar caixas-d’água, retirar pratos de vasos de plantas, limpar calhas, lavar vasilha de água de animais, entre outros recipientes de estocagem de água”, acrescentou Chioro.