Rio Branco enfrenta a maior cheia em 132 anos de história. Na noite desta última quarta-feira, 4, o rio começou a apresentar sinais de vazante. Na última medição desta quinta-feira, 5, o manancial marcava 18,29 m. Mesmo apresentando vazante, milhares de famílias continuam nos abrigos públicos provisórios.
Em meio ao caos, centenas de pessoas se solidarizam e prestam serviços voluntários. Seja nos abrigos, em bairros atingidos ou fazendo doações de alimentos, roupas, calçados e outros artigos de primeira necessidade.
Ítalo Ramon, estudante de enfermagem, é um desses muitos voluntários. Ele diz que durante esses dias de calamidade pública passou por dois abrigos e uma área atingida. Na última quarta-feira, estava trabalhando no abrigo provisório na Escola Glória Perez. Ítalo fazia o cadastro dos animais que chegavam com as famílias e ajudava na organização e segurança dos boxes.
“É um sentimento de solidariedade. Ajudar de alguma forma, com doações ou até mesmo com nosso apoio é gratificante”, ressaltou o estudante.
Vários estudantes se mobilizaram para ajudar de todas as formas essas famílias que foram atingidas pelas águas e que perderam tudo. A acadêmica de Direito Nathália Nasserala afirma que é de suma importância fazer esse trabalho voluntário, pois é uma forma de devolver a esperança que as águas do rio levaram.
“Acho que a motivação está no sangue. O Acre tem um povo muito unido e orgulhoso de sua terra. É esse sentimento que gera toda essa mobilização das pessoas”, salientou Nathália.
A estudante diz que fez algumas doações de alimentos e roupas, e vai continuar no trabalho voluntário. “Melhor que ter feito essas doações, foi o sentimento de dever cumprido. Me alegro em saber que também estou colaborando na reestruturação da vida dessas famílias”, finalizou.