X

ESPECIAL: Uma das piores enchentes da história do Acre

Mapa mostra rios acreanos que transbordaram e deixaram milhares de famílias desabrigadas nos municípios

O nível do Rio Acre continua aumentando. Segundo dados da última medição realizada às 15h, o manancial marcava 17,09 metros na Capital. O Parque de Exposições Marechal Castelo Branco já abriga mais de 1,2 mil famílias. Em Rio Branco, a cheia atinge mais de 36 mil pessoas em 40 bairros. A maior cota registrada no Rio Acre em Rio Branco foi de 17,66m, em 1997.

Com esse nível, as águas atingem o Calçadão da Gameleira, ponto turístico de Rio Branco. Neste sábado, 28, o Cine Teatro Recreio amanheceu com água dentro do auditório. A expectativa é de que o nível continue aumentando três centímetros por hora.

Enquanto isso, no Alto Acre, região mais atingida pela cheia histórica do Rio Acre, o nível da água continua baixando. A medição realizada pelo Corpo de Bombeiros na manhã deste sábado, 28, registrou o nível de 6,95 metros em Brasileia e Epitaciolândia. Mesmo assim, as mais de 15 mil pessoas atingidas pela enchente nos dois municípios continuam nos abrigos aguardando a liberação da Defesa Civil para o retorno às suas residências.

Em Xapuri, apesar do nível do rio ter baixado para 17,62 metros, ainda permanece bem acima da cota de transbordamento que é de 13,40 metros. No município são mais de duas mil pessoas atingidas.

Em Tarauacá, o rio que leva o mesmo nome da cidade apresenta sinal de vazante. A medição apontou 8,60 metros. Mais de 100 pessoas estão acomodadas em abrigos públicos.

Já no Vale do Juruá, a situação atual é de estabilização do nível do rio que permanece com 13,40 metros, nível acima da cota de transbordamento. Por enquanto, 28 pessoas estão desabrigadas.

Outro município que preocupa é Sena Madureira. O nível do Rio Iaco continua subindo e media neste sábado, 16,75 metros.

Governador reafirma compromisso de trabalho junto às cidades alagadas
Em entrevista para as rádios Difusora e Ecoacre na manhã deste sábado, 28, o governador Tião Viana reafirmou o compromisso de trabalho e solidariedade às pessoas desabrigadas pela cheia dos rios acreanos. No momento, o Governo do Estado está voltado a minimizar os danos ocorridos em Brasileia, que teve 90% de sua área urbana inundada pelas águas do Rio Acre, além de manter equipes trabalhando na assistência às famílias atingidas em Xapuri, Rio Branco, Sena Madureira, Tarauacá e Cruzeiro do Sul.

“É uma situação que exige o máximo de atenção. É um momento de união, com as prefeituras e o Governo Federal”, disse o governador. Ele lembrou que o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, esteve nesta sexta-feira no Alto Acre, liberou R$ 3 milhões para ajudar as cidades atingidas e irá enviar 17 mil kits de socorro. Para o governador, as imagens das cidades de Brasileia e Xapuri debaixo d’água são muito tocantes.

Tião lembrou que o Governo do Estado está garantindo alimentação, remédios e colchões para os desabrigados pela cheia dos rios. Também foi informado de que máquinas pesadas do governo estão indo para Brasileia realizar a limpeza da cidade e, em seguida, a reconstrução. Com centenas de pessoas envolvidas na missão, o governador agradeceu principalmente aos esforços dos voluntários, soldados do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e dos representantes das secretarias de Estado. Comentou, também, que o Acre Solidário, organizado pela primeira-dama Marlúcia Cândida, continua recebendo doações para os atingidos pela cheia.

Sobre os estragos em Brasileia, que já está com o nível das águas baixo, o governador afirmou que a situação é desoladora: “Parece cena de uma guerra que vivemos e acabou. Mas devemos manter a esperança”. (Samuel Bryan /Agência Acre)

Enchente afeta animais em Rio Branco

Durante as cheias do Rio Acre, moradores deixam suas casas e os animais de estimação ficam desprotegidos. (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)


BRUNA LOPES

“Pessoas deixam o cachorro amarrado em casa para guardar os móveis enquanto os donos se abrigam na casa de parentes”. Esse é o relato de um dos milhares de casos atendidos pela Sociedade Amor a Quatro Patas (SAQP), que atua protegendo os animais algumas vezes deixados para trás durante a enchente que assola Rio Branco.

Imagens nas áreas atingidas pelas águas de animais nas ruas, em cima dos telhados ou mesmo mortos ficaram comuns. Atuando em parceria com o Centro de Zoonoses, a SAQP, resgata os animais e encaminha para a sede do órgão municipal.

Paralelo ao resgate in loco, a associação realiza o trabalho de cadastro dos animais de estimação das famílias que chegam ao Parque de Exposições Marechal Castelo Branco. Os animais, também, vão para o Centro de Zoonoses, para uma ala separada.

“Ainda temos animais abandonados da enchente do ano passado. Por isso, a realização da feira de adoção deste sábado. Pois, precisávamos esvaziar o Centro e os lares provisórios da associação para que novos animais sejam resgatados. Já que a enchente, infelizmente, ainda dá sinais de que vai continuar por algum tempo”, explicou a presidente da SAQP, Luciana Souza.

No interior do Estado, que também sofre as cheias do Rio Acre, Luciana destaca que voluntários se deslocaram para resgatar os animais. “É difícil agir no interior, mas alguns voluntários foram por conta própria trabalhar no resgate e acolhimento correto dos animais. Em Rio Branco podemos atuar com mais efetividade. Ao todo, contamos com 14 pessoas da associação e mais 70 voluntários, além das parceiras, como a associação Patinha Carente”, confirmou.

A diarista Francisca Leite e sua família, nos últimos dias, tem se abrigado no Parque de Exposição. Ao chegar ao abrigo com os três filhos, a mobília da casa e o cachorro de estimação, Rex, ficou contente ao saber que ele teria um local seguro e longe das ruas e das águas.

“Apesar da tristeza de ter a casa atingida pelas águas, fico feliz por termos conseguido salvar bastante coisa, inclusive, o Rex. Sei de outras pessoas que saíram de casa e deixaram o animal na rua, ao relento”, falou emocionada sobre o cachorro.  A família de Francisca mora no Ayrton Senna, um dos quase 30 bairros atingidos pela cheia do Rio Acre.

O Centro de Zoonoses possui espaço normalmente com capacidade para 150 animais. Porém, na última semana, 162 animais entraram no local devido à cheia do Rio Acre. No espaço já viviam 52 bichos, que estavam esperando por adoção.

O diretor do centro, Heberton Arruda, conta que novos abrigos estão sendo construídos para os animais que já estão no local e na expectativa de que outros precisem ficar no local, já que o rio continua subindo. Segundo ele, antigamente, muitos animais eram abandonados no local após a enchente. Para minimizar esse problema, o órgão começou a fazer uma ficha de cadastro dos animais e entregar na casa dos donos.

“Desde o ano passado estamos fazendo um cadastro com o endereço dessas pessoas para levarmos os animais até a casa após a alagação. Isso diminuiu muito o número de animais abandonados no centro. Quando os donos autorizam, nós também fazemos a castração desses animais”, explicou.

No AC, famílias de bairro isolado após cheia temem fazer parte da Bolívia

Para ter acesso a outra parte da cidade, moradores passam por dentro do rompimento causado pelo rio. (Foto: Aline Nascimento G1)

Além de desabrigar mais de 2,5 mil pessoas, a enchente histórica no município acreano de Brasileia, na fronteira com a Bolívia, provocou mais um estrago. As águas do manancial causaram o isolamento do bairro Leonardo Barbosa, depois que uma erosão rompeu parte do elo de ligação do bairro com o restante da cidade. Com o rompimento, o bairro poder deixar de pertencer ao território brasileiro e fazer parte da Bolívia. Apesar de o país vizinho nunca ter demonstrado interesse nas terras, os moradores temem passar a viver do lado boliviano.

O Leonardo Barbosa possui uma área equivalente a 66 campos de futebol e o risco da região se afastar do restante da cidade já é conhecido desde a última grande enchente em Brasileia, ocorrida em 2012.

Em março de 2013, matéria publicada pelo G1 alertava sobre a possibilidade. Na época a situação havia sido informada à Agência Nacional de Águas (ANA), para Secretaria Nacional de Recursos Hídricos e para o Itamaraty. No entanto, nenhuma providência havia sido tomada até então para que o problema fosse resolvido. Na época, a prefeitura de Brasileia disse que havia planos para retirar do local as 614 famílias que então viviam lá e alocá-las em programas de habitação como o Minha Casa Minha Vida.

Outro problema que pode ocorrer por causa do isolamento é que como a fronteira entre Brasil e Bolívia na região é demarcada pelo Rio Acre, os 66,05 hectares que compõem a área do bairro Leonardo Barbosa poderiam ser reclamados pelo governo boliviano.

A dona de casa Marizete Pereira, de 51 anos, é uma das moradoras do bairro Leonardo Barbosa. Ela conta que quando a água chegou dentro de casa em 2012, quase todos os móveis já tinham sido retirados da residência. Dessa vez, a dona de casa perdeu a maioria dos objetos  e a casa está desmoronando. “Destruiu tudo dessa vez, em 2012 não levou porque eu tirei as coisas, mas agora não deu tempo. Não estamos tendo assistência de nada, desde quando começou a encher”, reclama.

Sobre o isolamento, Marizete diz que não sabe o que fazer. “Eu tenho uma colônia, até posso ir para lá, mas e meu filho que mora comigo? Ele tem um filho deficiente e a mulher dele trabalha na Cobija [Bolívia], eles não têm para onde ir. Eu me sinto humilhada”, afirma.

Mais conformado com a situação, o pedreiro Euflávio Nascimento, de 28 anos, explica que caso o bairro passe a fazer parte do território boliviano, vai sair de casa.

‘Bairro não deveria ter sido ocupado’, diz geólogo
Em 2012, o geólogo do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC) Pavel Jezek fez um relatório sobre a situação do bairro para a prefeitura de Brasileia e o Consórcio das Prefeituras do Alto Acre (Condiac). Ele explica que o problema é causado pela ação do rio em conjunto com o movimento do solo. (Aline Nascimento e Yuri Marcel, Do G1/AC)

CMRB entrega doações da campanha “Câmara Solidária!”

Câmara entregou mais de 4 mil itens à campanha

A Câmara Municipal de Rio Branco entregou hoje pela manhã as arrecadações da Campanha Câmara Solidária, a iniciativa consiste na arrecadação de alimentos na forma de cestas básicas, roupas, leites, biscoitos e fraldas descartáveis para doação as famílias atingidas pela cheia do Rio Acre.

“Estamos todos unidos para ajudar as famílias de Rio Branco que estão passando por esse momento tão difícil, essa doação que estamos fazendo é para o “Rio Branco Amiga” que é responsável pela distribuição na nossa cidade. É importante que as pessoas saibam que a campanha Câmara Solidária continua até quando for necessário, estamos apenas entregando esses mais de 4 mil itens pois a situação é de extrema urgência, vamos continuar arrecadando e doando”, Artêmio Costa, presidente da CMRB.

Como forma de cumprir seu papel social, estimular as doações por parte da sociedade e dar o impulso inicial na campanha, os vereadores e servidores entregaram as doações a campanha Rio Branco Amiga. “Quero agradecer a iniciativa de toda Câmara Municipal, com a campanha Câmara Solidaria, nós estamos realmente precisando muito de toda ajuda, fraldas, bolachas, sacolões, roupas e muito mais. Em nome do prefeito Marcus Alexandre e de todas as famílias que estão desabrigadas nós agradecemos aos vereadores e servidores desta Casa Legislativa”, Dona Tania Médici – Coordenadora Rio Branco Amiga.

A Câmara busca ainda doações adicionais por parte da comunidade em geral. Os interessados em efetuar doações ou conhecer melhor a campanha, podem ir até a Câmara Municipal de Rio Branco, localizada na Rua 24 de Janeiro, nº 53, Bairro 6 de Agosto. (Ascom CMRB)

OAB/AC realiza coleta de donativos para os desabrigados
A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Acre, (OAB/AC) abre a campanha de arrecadação de alimentos, material de limpeza e roupas. O objetivo é unir a classe para ajudar as vítimas da enchente que vem afetando diversas cidades acreanas.

O presidente da Seccional acreana, Marcos Vinícius Jardim Rodrigues, afirmou que este é um momento de juntar esforços e ajudar as pessoas que mais precisam.

“Devemos exercer o espírito de solidariedade e ajudar nossos irmãos que perderam tudo com a inundação, por isso aderimos ao movimento de coleta pedindo a todos os advogados o apoio necessário para ajudar nessa caminhada”, falou o representante da Ordem.

Para facilitar a coleta de donativos, serão disponibilizados dois pontos fixos, sendo um no Juizado Especial e na Sala do Advogado, no Fórum Barão do Rio Branco. Voluntários também realizarão coletas em diversos pontos da cidade.

“Nosso objetivo é garantir um maior alcance da campanha, assim poderemos ter uma maior quantidade de produtos arrecadados. Em todos os anos de cheia do Rio Acre buscamos colaborar com este trabalho social e continuaremos prestando apoio com atividades sociais”, explicou Marcos Vinícius. (Assessoria)

Polícia Militar reforça segurança em áreas alagadas de Xapuri

A Polícia Militar trabalha diariamente no monitoramento das áreas alagadas. (Foto: ANGELA PERES SECOM ACRE)

Com a enchente do Rio Acre, em Xapuri, muito moradores tiveram que deixar suas residências. O município, que sofre a maior cheia já registrada, dispõe de 13 abrigos públicos. Casas estão abandonadas e submersas pelas águas. Para assegurar que imóveis não sejam furtados, a Polícia Militar (PM) trabalha diariamente no monitoramento das áreas alagadas.

Sete militares são responsáveis pelo patrulhamento na cidade. O policiamento fluvial previne furtos e possíveis extravios dos bens das famílias atingidas pela enchente, além de fiscalizar a velocidade e condições das embarcações que transitam no local.

O trânsito de embarcações em alta velocidade danifica a estrutura das residências, por esse motivo é proibido o uso de canoas com motor. Apenas barcos a remos podem circular entre as áreas alagadas, é o que explica o policial militar, capitão César.

O patrulhamento fluvial inicia às 7 horas e se estende até às 19 horas. O período da noite dificulta a operação e põe em risco a vida dos militares, por este motivo o trabalho não é realizado neste turno. Até o momento, nenhuma ocorrência foi registrada. O cidadão que queira denunciar alguma situação de furto deve se dirigir até a escola Divina Providência, onde o quartel da PM está instalado.

O estudante Albino dos Santos, 19 anos, que está há uma semana no abrigo do ginásio poliesportivo Álvaro da Silva, ressalta a importância do trabalho policial. “É uma ação muito boa e nos deixa mais tranquilos enquanto estamos longe de casa”.

Emylson Farias, secretário de Estado de Segurança, ressalta que em Xapuri, o patrulhamento da PM intensificou a fiscalização das casas atingidas pelo rio e locais que os moradores tiveram que sair de suas residências. “Graças a Deus, não tivemos nenhum incidente, bem como maiores problemas relacionados a ocorrência de natureza policial”, disse. (Maria Meirelles / Agência Acre)

Após nove enchentes em três meses, Tarauacá estima prejuízo de R$ 40 mi

Município ainda tentava se recuperar da enchente de 2014. (Foto: Divulgação)

A cidade acreana de Tarauacá, distante 400 km de Rio Branco, ainda não conseguiu se recuperar da enchente histórica que atingiu o município em novembro de 2014. De lá até fevereiro deste ano, a cidade encarou ainda outras oito enchentes, das quais três de grandes proporções.  No domingo, 21, o Rio Tarauacá transbordou pela nona vez em três meses. Com tantas subidas do rio, a prefeitura estima um prejuízo de R$ 40 milhões na zona rural e urbana.

“Na primeira cheia em novembro a estimativa de prejuízo era de R$ 15 milhões, o número que tenho agora é uma dedução, mas acredito que estamos passando de R$ 40 milhões na zona rural e urbana. Hoje, sexta-feira, 27, ele está com 8,40 metros. E a previsão é que em março venham as maiores águas, mas vamos enfrentar esse desafio”, destaca o prefeito da cidade, Rodrigo Damasceno.

Após a última cheia, a cidade passa por reparações estruturais e de limpeza. O prefeito diz ainda que na tarde desta sexta-feira, 27, fechou acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac) para que a Ação Global fosse realizada novamente no município em decorrência das constantes cheias que a cidade tem passado.

“Além disso, fechamos com Sesc, Senac e Senai para a realização de cursos profissionalizantes, em especial na construção civil, em virtude do que a cidade tem passado desde novembro. Nós temos que plantar a esperança na população e a esperança só vem com a possibilidade de uma alternativa para a vida melhor. Vamos superar essas cheias e enfrentar março, quando ainda tem a possibilidade de alagar”, finaliza.

Há dois dias, o Rio Tarauacá vem apresentando sinais de vazante e atingiu nesta sexta-feira, 27, 8,85 metros, abaixo da cota de transbordo que é de 9 metros. No município, as famílias atingidas pela cheia retornaram para suas casas.

Entenda o caso
Em novembro de 2014, o prefeito Rodrigo Damasceno chegou a decretar estado de calamidade pública em Tarauacá. Registrada como uma das maiores cheias que a cidade passou, o nível do rio ultrapassou 12 metros e atingiu mais de 70% da cidade.

A segunda grande cheia foi registrada em Tarauacá durante janeiro quando o rio voltou a subir e desabrigar famílias na cidade. Somente em janeiro, o rio chegou a subir duas vezes.

Em fevereiro deste ano, vá-rias cidades do Acre sofrem com o transbordamento dos rios. Brasileia foi tomada pelas águas em quase 100%, o que fez o Estado decretar calamidade pública.

Mais de 83 mil pessoas foram atingidas pelas cheias dos rios acreanos em sete municípios. Por causa disso, o Governo do Acre decretou situação de emergência em pelo menos seis cidades do Estado, nesta terça-feira, 24. São elas Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri, Rio Branco e Tarauacá. (Tácita Muniz, do G1/AC)

Bancada acreana reforça ajuda à prefeitura de Rio Branco para atender famílias atingidas pela enchente

Prefeito, senador e deputados visitaram os abrigos do parque de exposições. (Foto: Divulgação)

Acompanhado do senador Jorge Viana e dos deputados federais Raimundo Angelim e Sibá Machado, o prefeito Marcus Alexandre realizou uma vistoria nos abrigos instalados no Parque de Exposições Marechal Castelo Branco na manhã deste sábado, 28.

A bancada acreana que presta apoio à Prefeitura de Rio Branco tem sido de fundamental importância em Brasília na liberação de recursos da Defesa Civil Nacional para que se possa continuar prestando ajuda e assistência às famílias que foram atingidas pelo transbordamento do Rio Acre.

Esta semana, o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, esteve em Rio Branco onde reafirmou o compromisso da presidenta Dilma Rousseff em ajudar as famílias atingidas pela alagação no Estado. Somente no Parque de Exposições estão abrigadas mais de quatro mil pessoas.

Com o apoio da bancada acreana é possível realizar o acompanhamento dos processos para a liberação dos recursos. Além do Governo Federal, a parceria com o Governo do Estado tem sido muito importante para garantir assistência às famílias atingidas pelas águas.

Os recursos do Governo Federal são muito importantes porque ajuda a Prefeitura de Rio Branco a manter toda a logística de atendimento, entre as quais a montagem de novos abrigos, aquisição de materiais, além da alimentação que é fornecida aos desabrigados.

Além disso, a Prefeitura de Rio Branco mantêm ainda atendimento às famílias que foram atingidas pela cheia do Rio Acre, mas que de alguma forma permaneceram nas suas casas e necessitam, entre outras coisas, de água potável enquanto aguardam o nível das águas baixar. (Assessoria PMRB)

Nota de Alerta
Interrupção do fornecimento de energia devido à alagação
 
A Eletrobras Distribuição Acre alerta à população em geral que devido ao aumento do nível da água do Rio Acre, principalmente no município de Rio Branco, está providenciando a suspensão do fornecimento de energia em diversos bairros. Tal medida é adotada após a constatação, em conjunto com as Defesas Civis Estadual e Municipal, de risco de ocorrência de acidentes envolvendo energia elétrica.
 
Por tal motivo, a Concessionária pede que os moradores que tiverem suas residências atingidas pelas águas entrem em contato imediato com a Empresa, Defesa Civil ou Corpo de Bombeiros, não devendo manusear qualquer equipamento elétrico até a chegada da equipe para avaliar a necessidade de desligamento da energia do imóvel.
 
Se as águas ainda não tiverem atingido o imóvel, mas sendo o risco iminente, é aconselhável o desligamento dos eletrodomésticos da tomada, assim como também a chave geral de energia do imóvel, se existir. Em seguida solicitar avaliação da Eletrobras Distribuição Acre através do número 0800 647 7196.
 
A Distribuidora pede também aos moradores compreensão com relação à necessidade de desligamento dos imóveis atingidos pela cheia, não procedendo em nenhuma hipótese a ligação do imóvel por “rabichos”, ou mesmo o fechamento de chaves ou qualquer manobra ou intervenção na rede elétrica, pois além de ser crime, põe em risco as vidas dos moradores do imóvel e das equipes de resgate.
 
A DIREÇÃO
Eletrobras Distribuição Acre

Categories: Flash Geral
A Gazeta do Acre: