Um incêndio destruiu mais de 200 caixões que estavam armazenados nos fundos de uma casa no bairro Xavier Maia, em Rio Branco, por volta das 3h30 desta quarta-feira, 11. De acordo com a proprietária do imóvel, Creusa Bosoi, de 46 anos, o local funcionava como depósito da Funerária São Francisco, de propriedade do marido. Uma perícia será feita no local pelo Corpo de Bombeiros para descobrir as causas do incêndio. No espaço, havia caixões com preços que variavam de R$ 500 a até R$ 10 mil.
“Foi um clarão vermelho, muito alto, parecia pipoca estalando. Quando abri a porta da cozinha, vi o fogo. Saí correndo pedindo socorro, vi dois guardas que estavam passando pela rua e eles vieram me socorrer. Começamos a retirar as coisas de dentro de casa, tirei tudo com medo de incendiar”, conta a dona de casa.
Ainda de acordo com Creusa, no depósito estavam guardados, além dos caixões, documentos da funerária. A dona de casa diz que não sabe como o fogo começou, já que não tinha nada aceso dentro do local. “Não sei te explicar o que aconteceu, só sei que Deus me deu um livramento. Não tinha vela acesa ou luz, tinha o fio de eletricidade, mas é ligado direto da casa, se fosse algum problema elétrico, teria pegado na minha casa também e pegou só lá mesmo”, argumenta.
Dois caminhões do Corpo de Bombeiro, segundo Creusa, atenderam a ocorrência e apagaram o incêndio.
Ao G1, o capitão do Corpo de Bombeiro, Cláudio Falcão, alertou que o local não é recomendado para armazenar as urnas. “Estocagem de material, de qualquer tipo, não aconselhamos que seja feita em residência. Residência é outro fim. Não é legal que as pessoas comecem a estocar qualquer tipo de material em casa, seja caixões, alimentos, uma série coisas. Precisa ser em um local específico”, afirma.
O capitão diz que a causa do acidente ainda é desconhecida pelos bombeiros. Uma equipe do órgão vai até a residência, quando os proprietários solicitarem, para fazer uma perícia e descobrir o que teria motivado o incêndio.
“Até o momento não temos nenhuma informação sobre a causa. Não temos um laudo pronto, porque leva um tempo”, explica.